Os gêmeos digitais são uma tecnologia desenvolvida com o objetivo de acelerar os processos industriais, aumentar a segurança e correção de falhas. O professor Paulo Eigi Miyagi, do Departamento de Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos da Escola Politécnica (Poli) da USP e membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), conversou com o Jornal da USP no Ar 1ª Edição sobre o tema.
“A ideia é que eu vou ter um sistema ou processo real, e eu tenho esse gêmeo digital no computador”, explica Miyagi: “O que acontece na realidade aparece no mundo virtual e o que eu mudo no virtual também afeta o mundo real”. O professor cita, como exemplo, os programas espaciais, em que correções a distância precisam ser feitas em foguetes e satélites que estão em órbita.
Segundo o professor, o Brasil tem grandes empresas desse tipo, principalmente nas áreas automobilística, de autopeças, petroquímica e celulose. Como pesquisador, Miyagi participa das negociações para desenvolver gêmeos digitais para essas indústrias. “Essa tecnologia é claramente vital para o futuro próximo dessas empresas”, afirma.
Além dos benefícios de acelerar o processo produtivo e reduzir custos, o gêmeo digital pode ser utilizado para minimizar acidentes. Entretanto, é necessário que os engenheiros estejam capacitados para atuar na área. “Isso é uma coisa que a gente vai ter que evoluir, a formação das pessoas em universidades, mas em outros níveis, técnico e geral, a gente tem trabalhado com esses sistemas”, diz.
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