Tecnologia e atualização de conhecimento são desafios da radiologia

Maria Cristina Chammas aborda temas que envolvem desde o exame até o tratamento de diversas doenças

 14/02/2023 - Publicado há 1 ano     Atualizado: 30/01/2024 as 14:59
Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da FMUSP – Foto: Renato Fontes/Google Maps
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O Instituto de Radiologia (InRad) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP é um dos principais centros do Brasil formadores de especialistas na área da radiologia, mas ainda enfrenta desafios. “A nossa especialidade depende muito dos equipamentos, da qualidade técnica e da formação do médico que irá interpretar as imagens”, comenta Maria Cristina Chammas, diretora do Serviço de Ultrassonografia do InRad. “Nós enfrentamos vários desafios, um deles é manter o nosso parque tecnológico muito atualizado, isso custa, tem um preço. Aqui no InRad, nós temos oportunidades, devido às lideranças, de encontrar equipamentos de ponta, de desenvolver as pesquisas, nós podemos também correr atrás de agências de fomento e, assim, gerar conhecimento e também aprendizado”, acrescenta.

Maria Cristina Chammas – Foto: Linkedin

Além da necessidade de atualizar os aparatos tecnológicos, é preciso fazer o mesmo com o conhecimento: “O segundo desafio que eu pontuaria seria se manter atualizado. O médico radiologista precisa se manter atualizado, ter o domínio do conhecimento, ou seja, ser gerador de conhecimento numa era de avanço tecnológico tão rápido. Então, hoje, por exemplo, com a inteligência artificial, como fazer com que essa ferramenta seja uma oportunidade de aproveitar melhor o nosso diagnóstico, como se aliar a essa ferramenta e não deixar com que ela seja um concorrente do médico radiologista?”, coloca Maria Cristina.

A radiologia é uma especialidade que está em constante evolução, englobando diversos métodos de diagnóstico por imagem como raio X, a ultrassonografia, a ressonância, a tomografia, a medicina nuclear, a mamografia, entre outros. A especialista ainda exemplifica: “Cada um tem um objetivo, cada método se adequa melhor para diagnosticar alguma parte do nosso organismo. Por exemplo, a ultrassonografia não é o melhor método para ver coluna, mas já a coluna do bebê é bem-vista na ultrassonografia”.

Importância

“É importante frisar esse papel fundamental no processo diagnóstico, porque o radiologista tem uma interface tanto com o médico prescritor, se envolvendo no diagnóstico, quanto com o paciente. Ele tem, assim, uma forma de direcionar o diagnóstico para o manejo do paciente que seja mais acertado, que escolha o melhor tratamento para determinada doença. Com isso, também o radiologista se envolve com o tratamento e faz parte dos exames de controle desse paciente. Por isso que eu sempre falo: ‘Tenha sempre um radiologista para chamar de seu’”.
Como comenta a especialista, o radiologista é um tipo de médico que tem contato com diversas etapas do convívio com o paciente, desde o exame até o tratamento. Esse médico é especialista no diagnóstico de imagem e Maria Cristina pontua que, se ele não for aquele que mais entende sobre o assunto, que tem mais conhecimento longitudinal sobre aquilo, ele irá indicar um profissional que saiba melhor que ele para conduzir o caso.

O Congresso Imagine 2023, promovido pelo Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, ocorre do dia 15 ao 17 de março e contém aulas teóricas e workshop de práticas voltadas para áreas mais específicas da radiologia. As inscrições podem ser feitas pelo site do evento e é para um público mais especializado, como estudantes de medicina, residentes e médicos já em exercício.


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