Rádio universitária chega aos 73 anos como pilar da divulgação e valorização da ciência

Com início em 1950, emissoras universitárias divulgam e valorizam a educação, cultura e conhecimento científico e são ponte entre academia e sociedade

 17/02/2023 - Publicado há 1 ano
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Rádios universitárias atuam na divulgação de conhecimento científico e produções acadêmicas – Foto: Pixabay

Comemorado no dia 13 de fevereiro, o Dia Mundial do Rádio marca a história de um dos meios de comunicação mais importantes para a humanidade. Nesse universo, as rádios universitárias ocupam papel definido. Nascidas a partir de 1950, quando foi ao ar a Rádio da Universidade, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, as rádios universitárias já somam mais de 100 emissoras em todo o Brasil. A Rádio USP, inaugurada em 11 de outubro de 1977, foi a primeira rádio universitária FM do País.

Luciano Maluly – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

A Rádio USP em São Paulo e em Ribeirão Preto segue atuando como instrumento de divulgação científica e difusora de conhecimento e cultura por todo o Brasil. De acordo com o professor Luciano Victor Barros  Maluly, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP em São Paulo e especialista em Comunicação, com ênfase em Radiojornalismo, “a importância da rádio universitária passa pelo ensino da comunicação e da divulgação científica, como uma extensão da sala de aula”.

Para Alessandra Kuba, jornalista da Rádio da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), as emissoras universitárias têm o poder de traduzir o que acontece dentro dos muros da universidade, como uma ponte entre a ciência e a comunidade, atuando como intérprete do que é produzido no meio acadêmico. Esse trabalho de “tradução” faz com que a produção acadêmica seja reconhecida pela população, já que “as pessoas só valorizam o que elas sabem que vai fazer diferença na vida de cada uma delas”, afirma.

 

O diferencial

A grande diferença entre os meios comerciais e universitários, de acordo com Alessandra, é a “liberdade para abordar assuntos ligados à ciência, cultura, educação, política e economia de uma maneira mais profunda e mais analítica”. Esse trabalho passa por um olhar de especialistas e pesquisadores do meio acadêmico, “produzindo um jornalismo mais didático e com muito mais informação”, conclui.

Com isso, aponta Maluly, “as rádios universitárias podem desenvolver trabalhos periódicos e grandes projetos feitos por alunos e professores, valorizando a cultura, a ciência e a educação, se tornando um centro de desenvolvimento de tudo o que acontece dentro e fora da universidade”.

Essa ligação com a universidade também potencializa o trabalho com estagiários e, segundo Alessandra, “a experiência em uma rádio educativa é uma experiência de formação muito rica, que pode fazer a diferença na carreira de novos profissionais da comunicação”. Em São Paulo, a Rádio USP conta com seis estudantes de jornalismo como estagiários e, em Ribeirão Preto, são oito. 

O professor Maluly conclui que a Rádio USP “atua como patrimônio do povo paulista e do povo brasileiro, como um instrumento didático e pedagógico para a cultura e para a educação”.


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