Pesquisa da USP vai investigar de que forma a genética contribui na formação da microbiota intestinal

Para isso, o Projeto Germina, como é chamado o grande estudo, vai acompanhar 500 crianças por mil dias, a partir dos três meses

 03/03/2022 - Publicado há 2 anos
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Quanto da nossa microbiota (grupo de microrganismos que vivem em determinado ambiente) depende do ambiente e quanto depende da genética? Debruçados nessa questão, pesquisadores do Centro de Estudos sobre o Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL) da USP e do Instituto de Química (IQ) da USP se uniram para estudar cinco grupos de trigêmeos, todos nascidos de cesárea, e que tinham uma característica muito especial: eram resultados de uma fertilização assistida, na qual foram implantados dois embriões.

“Acontece que um dos embriões se dividiu e com isso havia em cada gestação um par de gêmeos idênticos e um terceiro gêmeo não idêntico. Essa amostra rara poderia nos ajudar a responder a uma questão muito interessante em relação ao papel da genética na composição da microbiota intestinal”, explica Mayana Zatz, diretora do CEGH-CEL.

Como os trigêmeos compartilharam o mesmo ambiente uterino e um ambiente bem semelhante nos primeiros meses de vida, os cientistas queriam investigar: se a microbiota depende só do ambiente, os três gêmeos deveriam ter uma composição muito semelhante; mas se depende da genética, os gêmeos idênticos teriam uma microbiota mais semelhante entre si que o gêmeo não idêntico.

Os resultados desse interessante estudo são relatados pela geneticista na coluna de hoje (3).

Um artigo científico sobre a pesquisa foi publicado em fevereiro na revista iScience.


Decodificando o DNA
A coluna Decodificando o DNA, com a professora Mayana Zatz, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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