Um rápido diagnóstico e a desobstrução do vaso sanguíneo são determinantes para a recuperação sem sequelas de vítimas de acidente vascular agudo. Como nem todo hospital oferece exames de imagem, como tomografia ou ressonância magnética para esse diagnóstico, equipes de saúde dos Estados Unidos e Europa decidiram oferecer atendimento móvel com equipamentos e especialistas necessários.
O serviço de ambulância para o AVC agudo já estava em funcionamento, mas pesquisadores norte-americanos decidiram comprovar sua eficácia e acompanharam 2.515 atendimentos, comparando a unidade móvel de AVC com a ambulância comum. Os resultados, conta o professor Octávio Pontes Neto nesta edição da coluna Minuto do Cérebro, acabam de ser publicados na revista New England Journal of Medicine e mostram que a unidade móvel de AVC é capaz de dobrar as chances de recuperação total da pessoa que sofreu um AVC agudo.
Dos 2.515 atendimentos, 1.047 precisaram ser submetidos “à terapia de reperfusão do AVC isquêmico”, em que são injetadas substâncias que desobstruem a veia, 617 receberam atendimento nas ambulâncias equipadas com tomógrafos e 430 nas ambulâncias convencionais. Segundo o professor, o tempo médio entre a chegada e o início da terapia foi 36 minutos mais rápido no atendimento com a unidade móvel especial e a taxa de utilização da reperfusão foi de 97% nessas unidades contra 79% nas convencionais.
O minuto do Cérebro
A coluna O minuto do Cérebro, com o professor Octávio Pontes Neto, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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