Com 70% das obras concluídas, Museu do Ipiranga inicia contagem regressiva para reabertura

Jardim Francês, localizado em frente ao edifício do museu, também será restaurado e contará com restaurante, espaço para “food bikes” e o resgate de duas fontes do projeto original, demolidas em 1972

 31/08/2021 - Publicado há 3 anos     Atualizado: 08/09/2021 as 10:39
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O projeto de ampliação do museu prevê uma nova entrada, bilheteria, auditório para 200 pessoas, espaço do educativo, café, loja e sala de exposição temporária

 

O governador João Doria anunciou, em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, dia 31 de agosto, o início da contagem regressiva para entrega da obra de reforma e ampliação do edifício-monumento do Museu do Ipiranga. O projeto, que está com 70% das obras concluídas, deverá ser inaugurado em setembro de 2022, para a celebração do Bicentenário da Independência do Brasil.

A obra, iniciada em outubro de 2019, é executada em duas frentes: ampliação e restauro do edifício-monumento, que é um patrimônio tombado nas esferas municipal, estadual e federal do governo e foi construído entre 1885 e 1890. Na parte da ampliação, foi realizada uma escavação em frente ao prédio, que abrigará a nova entrada, bilheteria, auditório para 200 pessoas, espaço do educativo, café, loja e sala de exposição temporária.

Já no restauro, estão sendo realizados reparos em todos os detalhes da arquitetura, incluindo a fachada, os interiores e os elementos de marcenaria, como portas e batentes. Quando reaberto, o museu terá dobrado sua área total construída, com o espaço modernizado que contará com elevadores, escadas rolantes e sistema de ar-condicionado.

Participaram da coletiva (da esq. p/ dir.) o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes; o governador João Doria; o secretário Sérgio Sá Leitão; o reitor Vahan Agopyan; e a deputada estadual Carla Morando – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

 

Doria também falou sobre o início do processo de recuperação do Jardim Francês, localizado em frente ao edifício do museu. O projeto prevê a restauração da área construída e botânica do jardim, além da construção de um restaurante com 270 metros quadrados, espaço para food bikes, modernização da iluminação, requalificação das vias de acesso e o resgate de duas fontes do projeto original, demolidas em 1972. O valor investido pelo governo nas obras será de R$ 19 milhões.

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“Ano que vem teremos uma grande festividade. A proposta do Governo de São Paulo é um mês de festividades e atividades. Na parte externa, a partir de 7 de agosto, e na parte interna, a partir de 7 de setembro. Uma celebração de verdade, autêntica, dos 200 anos da nossa independência”, afirmou o governador.

“O museu não está sendo só restaurado e ampliado, ele está passando por importantes intervenções para ser entregue com total acessibilidade e sustentabilidade. Uma nova iniciativa que certamente vai deixar o povo paulista, o povo brasileiro, muito orgulhoso”, destacou o reitor da USP, Vahan Agopyan.

“Temos um conjunto de intervenções acontecendo simultaneamente: o restauro e ampliação do edifício-monumento, a reforma do Jardim Francês, a recuperação do entorno, do Monumento da Independência, da Cripta Imperial e da Casa do Grito, a cargo da Prefeitura; a despoluição do Córrego do Ipiranga e a criação de uma nova área de lazer, a cargo da Sabesp; e a implantação de um novo modelo de gestão e sustentabilidade do museu”, explicou o secretário estadual de Cultura e Economia Criativa, Sérgio Sá Leitão.

O edifício-monumento está com 70% das obras concluídas e deve ser reaberto ao público em setembro de 2022 – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

 

Ainda neste semestre, será dado início ao processo de implantação do projeto de museografia, com a instalação de 12 exposições – uma temporária e 11 permanentes – que serão dotadas de equipamentos multimídia para imersão, interatividade e acessibilidade.

O Museu do Ipiranga foi fechado para visitação do público em 2013. Os trabalhos de restauração, modernização e ampliação do museu devem custar cerca de R$ 188 milhões e contam com patrocínios diretos e incentivados via Lei de Incentivo à Cultura pelas seguintes empresas: Atlas Schindler, Banco Safra, BNDES, Bradesco, Caterpillar, Comgás, CSN, EDP, EMS, Fundação Banco do Brasil, Honda, Itaú, Vale, Sabesp, Postos Ipiranga, Raízen, Santander, Novelis e Pinheiro Neto Advogados.


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