Edição de genomas: avanço nas fronteiras do que a engenharia genética é capaz de fazer

Nova e revolucionária técnica para a edição de DNA permite que cientistas modifiquem genomas com precisão

 11/08/2016 - Publicado há 8 anos     Atualizado: 15/08/2016 as 14:50
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Ouça a entrevista da repórter Simone Lemos com a professora Kátia Sanches Françoso, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.

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CRISPR-Cas9 - Foto: Divulgação/MIT
CRISPR-Cas9 – Foto: Divulgação/MIT

Palestra realizada nesta quinta-feira (11) na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP abordou uma nova tecnologia para a edição de genomas. A edição de genomas, explica a professora Kátia Sanches Françoso, da FCF, é uma modalidade de engenharia genética utilizada na manipulação de DNAs. Ela permite deletar genes, inserir novos genes num organismo e até consertar genes defeituosos que poderiam causar doenças.

Para a edição, são usadas enzimas chamadas de “tesouras moleculares”. Descoberta em 2005, a edição mostrou-se extremamente revolucionária, além de eficaz e muito simples de ser usada em laboratório – tanto que hoje é possível sua aplicação num espaço muito curto de tempo, que varia de semanas a poucos meses. Com a técnica, é possível modificar o genoma de qualquer espécie, inclusive o de seres humanos, com tudo o que isso pode implicar em relação à ética, já que seria possível, por exemplo, criar seres humanos com as características que se desejasse. Além disso, a edição de genomas pode ser  muito valiosa no tratamento do câncer, como já vem acontecendo nos Estados Unidos.

 


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