Como será a educação brasileira nos próximos anos?

Renato Janine faz uma análise da educação brasileira e lembra que o tema mal aparece no programa do próximo governo

 28/11/2018 - Publicado há 5 anos

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Nesta semana, o colunista Renato Janine Ribeiro faz uma pequena análise da educação brasileira nas últimas três décadas. O professor fala das divergências entre PSDB e PT em relação ao tema educação, mas lembra que o ponto de convergência entre eles foi a educação básica. Segundo Janine, esses atores se dedicaram à questão e convergiram que a educação básica é essencial, prioritária; tem de ser melhorada; as avaliações são muito importantes; e a União tem um papel estratégico para fortalecer os planos de educação de Estados e municípios.

O preocupante, aponta Janine, é que essa convergência, de certa forma, não trouxe todos os frutos, embora tenha levado a avanços em que muita gente não repara, como a redução do número de escolas sem banheiros. Os indicadores também mostram uma melhora da educação e que o salário dos professores aumentou devido à criação de um piso mínimo nacional, mas o fato é que os resultados não chegaram a levar o Brasil a ser destaque em avaliações como o Pisa (sigla em inglês para Program for International Student Assessment – Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), e muito esforço ainda é necessário.

Para o colunista, a notícia boa é que os bons educadores convergiram nesse rumo independentemente da linha política. A notícia ruim é que no programa de governo do presidente eleito a educação mal aparece. E, nas declarações que vieram a respeito, muito pouco é dito de positivo. A educação apareceu mais como ameaça ou medo da chamada “doutrinação política” ou “doutrinação sexual” do que como promessa. “Esse é um ponto crucial. Temos hoje uma unidade grande de posições sobre Educação, mas essas posições estão longe do poder. Vamos ter de lidar com essa situação nos próximos anos”, destaca Janine.

Ouça, no link acima, a íntegra da coluna Ética e Política.


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