Diagnóstico de morte encefálica recebe critérios mais rígidos

Conselho Federal de Medicina exige profissional mais bem capacitado e amplia especialistas habilitados ao exame

 13/12/2017 - Publicado há 6 anos

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O Conselho Federal de Medicina anunciou mudanças nos critérios sobre o diagnóstico de morte encefálica. Até então, apenas neurologistas poderiam realizar o exame, além de ser exigida a avaliação por parte de outro médico da mesma especialidade e uma prova complementar.

A partir de agora, profissionais de outras especialidades poderão atuar para realizar o diagnóstico –  são eles: neurocirurgiões, neuropediatras, médicos intensivistas e os de urgência. No entanto, será necessário comprovar a capacitação para realizar a avaliação. O médico deve ter pelo um ano de experiência em tratar pacientes em coma e participado de, no mínimo, dez avaliações de morte encefálica.

Segundo o neurologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HCFM) da USP Marcelo Calderaro, as novas determinações procuram preencher lacunas existentes nas normas anteriores, promovendo maior segurança a um diagnóstico importante. Além disso, ele comenta que a mudança permitirá maior oferta de profissionais habilitados a realizar o procedimento.

O especialista explica como funciona a dinâmica hospitalar para doação de órgãos. Há a necessidade de uma equipe específica que trate desse assunto com a família após comprovação da morte encefálica. Para que haja doação, é necessária a autorização dos familiares.

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