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Na coluna Ciência e Esporte desta semana, o professor Bruno Bedo, da Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto da USP, explica que, no contexto dos últimos Jogos Olímpicos de Tóquio, a atenção foi voltada para os desafios únicos que os atletas de elite enfrentam, especialmente após a desistência da americana Simone Biles das competições. De acordo com o professor, um estudo recente na revista Sports Medicine abordou como as identidades sociais podem ser valiosos recursos psicológicos para apoiar a saúde mental dos atletas, enfatizando o papel dos líderes esportivos nesse processo.

Bedo explica que identidade social é a forma como os indivíduos se definem a partir da associação a diversos grupos sociais. Este conceito destaca que as identidades sociais moldam profundamente os pensamentos, sentimentos e comportamentos dos indivíduos e ressalta que atuam como recurso para saúde mental dos atletas, destacando a forte identificação com grupos, como uma equipe, oferecendo senso de pertencimento e suporte essencial para o bem-estar mental; como integração em grupos sociais fornece suporte emocional e prático, mitigando o estresse e fortalecendo a resiliência; a manutenção de múltiplas identidades sociais é crucial para evitar isolamento e depressão, especialmente durante períodos de transição na carreira ou recuperação de lesões.

Nesse caso, então, qual é o papel dos líderes esportivos na promoção da saúde mental dos atletas através da abordagem da identidade social? Bruno Bedo ressalta a promoção de identidade de grupo, formando líderes eficazes que desenvolvam um ambiente de equipe esportiva unida, em que os atletas se sintam valorizados e integrados, com práticas baseadas nos valores do grupo, criando um ambiente seguro para que os atletas possam expressar suas vulnerabilidades e buscar ajuda quando necessário.

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