
O Conselho Universitário aprovou o reajuste de 5% nos salários dos servidores docentes e técnicos e administrativos da USP a partir de 1º de maio. A reunião foi realizada no dia 21 de maio.
A proposta foi apresentada pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), em reunião com o Fórum das Seis, no último dia 16 de maio, e engloba também a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp).
De acordo com estudo realizado pela Coordenadoria de Administração Geral (Codage), estima-se que, com o reajuste, o nível de comprometimento do orçamento da USP com folha de pagamento, acumulado no final do ano, será de 83,65%.
O reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior explicou que o reajuste salarial aprovado é maior que a inflação acumulada no período, que foi de cerca de 2,77%, segundo o índice IPC Fipe. O reitor ressaltou que o auxílio-saúde também deverá ser reajustado. A possibilidade de reajuste dos valores do auxílio-alimentação e do vale-refeição ainda deverá ser discutida.
A vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda destacou que “estamos em um momento inseguro em relação à reforma tributária e precisamos ter prudência”. Maria Arminda falou também sobre os processos de contratação de docentes e servidores técnicos e administrativos que estão sendo realizados desde 2022.
A presidente da Comissão de Orçamento e Patrimônio (COP) e diretora da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA), Maria Dolores Montoya Diaz, ressaltou que, com a aprovação do reajuste salarial, é importante que sejam observados os Parâmetros de Sustentabilidade Econômico-Financeira da USP, que estabelecem regras sobre limites com despesas totais com pessoal, que não devem ultrapassar o patamar de 85% das receitas correspondentes às liberações mensais de recursos do Governo do Estado.
Novo plano de carreira
Na mesma sessão, foi aprovada a resolução que implementa o novo plano de carreira do corpo técnico e administrativo, que prevê a avaliação e a progressão dos servidores da Universidade.
O coordenador de Administração Geral (Codage), João Maurício Gama Boaventura, explicou que o novo plano foi discutido em várias instâncias da Universidade, com a realização de lives e workshops com a comunidade.
A avaliação deverá passar pelas competências essenciais, iguais a todos os servidores; competências específicas por família funcional e nível de complexidade por carreira. A avaliação será feita em três etapas: autoavaliação, avaliação da chefia e avaliação de pares/clientes internos.
No que se refere à progressão, que será feita após a avaliação de desempenho e representa aumento salarial ao contemplado, ela poderá ser vertical ou horizontal. Segundo Boaventura, neste primeiro momento, deverão ser priorizados os servidores que ainda estejam no nível inicial da carreira.
O ciclo de gestão de desempenho deverá ser realizado entre junho e agosto deste ano e o processo de progressão será iniciado a partir de setembro. “Vamos discutir com a COP [Comissão de Orçamento e Patrimônio] quais serão os recursos disponíveis para as unidades e órgãos poderem planejar suas progressões”, considerou o coordenador da Codage.
O Departamento de Recursos (DRH), ligado à Codage, deverá divulgar o cronograma das atividades em breve.