Um vídeo produzido através de computação gráfica 3D demonstra de maneira prática os efeitos do uso de máscaras e do distanciamento social contra o sars-cov-2; a compreensão desses processos e a utilização correta de tais medidas de proteção são consideradas essenciais para evitar novas ondas de infecção por covid-19 em regiões que já superaram o problema. Chao Lung Wen, chefe da Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP, fala sobre a demonstração desenvolvida pelo Projeto Homem Virtual e orienta sobre o manejo de máscaras em entrevista ao Jornal da USP no Ar.
Segundo o professor, as recomendações para o combate do coronavírus são: se vai fazer atividade fora de casa, usar máscara, respeitar o distanciamento, fazer higienização das mãos e ter cuidados ao tossir. O vídeo do Homem Virtual, inclusive, demonstra a maneira correta de tossir. E esse é um dos grandes méritos do vídeo: informar de maneira clara, já que, ainda de acordo com Wen, não somente a quantidade de orientações importa, mas atingir o público-alvo de maneira a convencê-lo a aderir às recomendações.
Em meio à batalha contra um agente de taxas altíssimas de contágio, tão importante quanto utilizar máscaras é utilizá-las corretamente. O professor comenta que, quando passamos a recomendar sua utilização para todos, “estamos admitindo que não conseguimos mais saber quem está transmitindo o vírus. Apesar de a Organização Mundial da Saúde ter afirmado que é pouco comum que assintomáticos transmitam a doença, é necessário diferenciar aqueles que não possuem sintomas daqueles que estão em fase pré-sintomática, esses são os grandes propagadores da doença.
As orientações de manejo são parecidas para máscaras descartáveis e caseiras. Não devemos utilizá-las por mais de três horas consecutivas, visto que o acúmulo de umidade propicia não só a entrada do coronavírus, mas também de outros agentes infecciosos. A higienização deve ser feita com água sanitária diluída; após 30 minutos mergulhada na solução, deve ser lavada com água e sabão; então, secada no sol, já que o vírus é sensível aos raios UV. Já as descartáveis devem ser isoladas e identificadas, ao serem colocadas no lixo, para que profissionais de limpeza e descarte possam manejar adequadamente.
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