Projeto inspirado na professora e cientista Tagea Kristina Simon Björnberg mostra uma menina curiosa e perplexa diante do mar. Montagem sobre ilustração de Isabel Galvanese/Pixabay

Conheça Tagea: a menina curiosa que amou o mar e virou cientista

Inspirado na professora brasileira Tagea Björnberg, material didático do Centro de Biologia Marinha da USP apresenta os plânctons para crianças

30/04/2021

Tabita Said

Essa espécie de nome esquisito mora onde as ondas possam levá-la, vivendo solta na água. Os plânctons são pequenos, microscópicos, mas têm algo que chama a atenção durante a noite: eles acendem a luz do mar.

Encantada pela quantidade e diversidade de organismos no fundo do oceano, Tagea – a menina que nadava na luz, tentou entender quem são e o que fazem esses pequenos vagalumes do mar. De menina curiosa, Tagea se tornou uma cientista e aprendeu que alguns plânctons conseguem iluminar a água. Clique no player e conheça a Tagea:

De onde vem

Mas que mar é esse que de noite acende? é o novo projeto do Centro de Biologia Marinha da USP (Cebimar), que introduz conceitos da vida subaquática em folhetos ilustrados e voltados para o público infantil.

O projeto faz parte da Série de Folhetos sobre a Biodiversidade Marinha: Manguezais e Plâncton para Crianças“, que foi contemplado no 5º Edital Santander/USP/FUSP de Fomento às Iniciativas de Cultura e Extensão.

Com informações em vídeo, folheto e na própria página do centro de biologia, a publicação coloca as espécies marinhas no microscópio, contando quem são e como se diferem. Conceitos como “bioluminescência”, “superpopulação” e “cadeia alimentar” passam pela compreensão geral sem dificuldades. Até o escritor Monteiro Lobato aparece na história da personagem Tagea, que acompanha o leitor em um mar de descobertas.

Tagea Björnberg nasceu em São Vicente, litoral de São Paulo, em 1925. Mesmo aposentada, continua até hoje sua pesquisa sobre os animais marinhos no Cebimar - Fotos: Alvaro E. Migotto

Fora do desenho, Tagea Kristina Simon Björnberg tem hoje 96 anos e dedicou boa parte da vida ao estudo de diversos grupos de animais marinhos. De acordo com o Cebimar, “seu trabalho ganhou repercussão internacional após a publicação, em 1972, de um artigo de 185 páginas, com todos os desenhos e descrições de náuplios e copepoditos, no periódico Studies on the Fauna of Curaçao and other Caribbean Islands. Até hoje esse trabalho é muito citado nos estudos de desenvolvimento e comportamento de copépodes marinhos.”

Acompanhe o projeto

Clique nas imagens para acessar

O Centro de Biologia Marinha da USP está nas redes sociais: