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Nesta edição da coluna Ciência e Esporte, o professor Bruno Bedo trata da saúde mental no esporte de alto nível e afirma que isso tem recebido mais atenção, focando principalmente nos atletas. No entanto, o professor ressalta que os treinadores, que também enfrentam pressões intensas no dia a dia, são frequentemente esquecidos. “Eles são responsáveis pelo desempenho das equipes e por decisões estratégicas, o que pode impactar negativamente sua saúde mental e bem-estar.” O professor discute esses desafios e destaca um estudo recente publicado no periódico Sports Medicine.

Treinadores de alto nível enfrentam estressores crônicos, como expectativas de desempenho e desafios organizacionais, que podem afetar gravemente seu bem-estar. De acordo com o professor, a insegurança no trabalho, agravada pela pressão por resultados e a alta taxa de demissões, contribui para o declínio do bem-estar e aumento de transtornos mentais. Quando não conseguem lidar com esse estresse, a qualidade de suas decisões é prejudicada, impactando negativamente o desempenho da equipe.

O estudo da Federação Francesa de Futebol ressalta a importância de desenvolver programas de suporte específicos para treinadores, ajudando-os a lidar com os estressores de sua função e aumentar a resiliência emocional. A exposição a ambientes restauradores, como espaços naturais, é recomendada para melhorar o bem-estar psicológico. Além disso, treinar esses profissionais para reconhecer sinais de esgotamento e utilizar técnicas de autocuidado é essencial para a manutenção de sua saúde mental.

Em resumo, a saúde mental dos treinadores, apesar de sua importância no esporte, ainda é negligenciada. É crucial que mais pesquisas e programas de apoio sejam desenvolvidos para garantir que esses profissionais possam atuar de forma saudável e equilibrada.

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