Atuação da toxicologia forense é tema do “USP Analisa”

Ciência é importante para a solução de crimes e até mesmo na identificação de casos de doping

 04/04/2018 - Publicado há 7 anos
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Bruno de Martinis e Eduardo de Campos – Foto: Gabriel Soares

Voltada a analisar efeitos prejudiciais de substâncias tóxicas no organismo, a toxicologia forense é fundamental para desvendar cenas de crimes ou até mesmo na constatação de casos de doping em competições esportivas. Para falar sobre a atuação e a importância dessa ciência, o USP Analisa desta semana recebe o docente do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, Bruno Spinosa de Martinis, e o doutorando do Programa de Pós-graduação em Química da FFCLRP, Eduardo Geraldo de Campos.

Martinis explica que, em casos de crimes, a análise toxicológica é feita em materiais coletados tanto em pessoas vivas quanto em cadáveres, além de outras amostras retiradas do local. “O toxicologista pode atuar na cena de crime, como perito. Ele faz todo o processamento do local, desde o registro dessas amostras até a coleta e envio para o laboratório. Então ele pode trabalhar tanto in loco, coletando e garantindo a manutenção dessas amostras; no laboratório, já com as análises; e posteriormente, fazendo a emissão do laudo”.

A profissão de toxicologista forense exige uma atualização constante, já que novas drogas sintéticas surgem todos os dias pela facilidade de se manipular essas moléculas. “Não se sabe o efeito, o impacto dessas substâncias diretamente sobre a saúde. Por isso os toxicologistas, de maneira geral, em todo o mundo têm trabalhado para desenvolver novas metodologias capazes de identificar os possíveis padrões de metabolização e os metabólitos, que são compostos provenientes da interação da droga com o organismo. Acho que esse é o grande desafio atual da toxicologia forense como um todo”, diz Campos.

O USP Analisa é uma produção conjunta da USP FM de Ribeirão Preto (107,9 MHz) e do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP.

Por: Thais Cardoso, Assessoria de Imprensa do IEA-RP


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