Ondas de doenças se relacionam com a maneira de ocupar espaços naturais

Glauco Arbix exemplifica a questão com o confinamento de animais, no qual acontece um movimento natural de contato com patógenos que podem ser letais para os seres humanos

 28/09/2020 - Publicado há 4 anos

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Na coluna Observatório da Inovação desta semana, o professor Glauco Arbix comenta sobre o debate do futuro da humanidade que a pandemia coloca a todos, em especial aos brasileiros. A covid-19 levou todos a enfrentar enormes questões ambientais, que marcam este tempo. “Nós estamos vendo que esses movimentos dos vírus saltarem do mundo animal para os humanos têm muito a ver com a maneira como nós ocupamos o espaço, a maneira como nos relacionamos com o mundo selvagem”, afirma Arbix.

Ele cita, como exemplo, a prática de confinamento de animais, além de viver e produzir perto deles. “O que acontece”, aponta o professor, “é um movimento natural, em que os vírus muitas vezes para eles nada fazem, e para nós são absolutamente letais”. 

Além do próprio contato humano com fontes enormes de patógenos nos ambientes naturais, as condições ambientais prejudicam defesa e recuperação de humanos infectados. “Regiões do globo, por causa do aquecimento global, têm se tornado favoráveis ao desenvolvimento de espécies, como mosquitos que transmitem malária e que agora estão na Europa. Além disso, percebemos que a poluição do ar deixa os nossos corpos mais frágeis para enfrentar inimigos externos como um vírus, que vem e ataca os nossos organismos”, exemplifica. 

Arbix finaliza afirmando que, para o mundo pós-pandemia, essa relação com a natureza precisa mudar. “Temos que melhorar, temos que avançar e pensar em formas melhores, porque temos a oportunidade grande pela frente para pensar em um mundo com eficiência energética melhor”, completa.

Ouça a íntegra da coluna no player.


Observatório da Inovação
A coluna Observatório da Inovação, com o professor Glauco Arbix, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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