Desobstrução arterial e novo trombolítico são armas para sequelas graves de AVC

Estudos apresentados no começo de maio em congresso europeu devem revolucionar tratamentos de forma grave de AVC isquêmico

 10/05/2022 - Publicado há 2 anos

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O Congresso Europeu de Acidente Vascular Cerebral (Esoc 2022), realizado entre 4 e 6 de maio na França, trouxe novidades para o tratamento de forma grave de AVC isquêmico, causado pela obstrução da artéria basilar que irriga todo o tronco cerebral. Esse subtipo da doença é responsável por 10% dos casos de AVC isquêmico e, até o momento, não tem estratégia de tratamento, apesar das graves sequelas que acarreta.

Nesta edição da coluna Minuto do Cérebro, o professor Octávio Pontes Neto fala sobre os resultados de dois estudos, apresentados no Esoc 2022, que comprovaram os benefícios da trombectomia mecânica, técnica que faz a desobstrução da artéria. Um deles mostrou significativa redução das sequelas quando a técnica é realizada em até seis horas após o início dos sintomas. O outro comprovou a eficiência da tecnologia quando aplicada em 24 horas após o AVC.

Além dos dois estudos com a trombectomia mecânica, o professor Pontes Neto conta ainda dos resultados de uma pesquisa canadense que aprovou a utilização do novo trombolítico, o tenecteplase, como eficaz e seguro para desfazer coágulos sanguíneos. Com esses achados, Pontes Neto acredita que em breve as tecnologias devem estar à disposição para os pacientes do SUS.


O minuto do Cérebro
A coluna O minuto do Cérebro, com o professor Octávio Pontes Neto, vai ao ar quinzenalmente,  terça-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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