Como fica o Twitter caso a compra da plataforma de mídia social pelo bilionário Elon Musk seja efetivada? O jornalista e professor Carlos Eduardo Lins da Silva aponta que há um receio quase que generalizado de que, se o empresário mudar as políticas editoriais do Twitter – que, atualmente, proíbe muitos tipos de discurso, inclusive os ilegais -, pode ser que isso traga uma onda de violências, fraudes e agressões na plataforma, que é uma das mais acessadas por jornalistas.
Por outro lado, o colunista lembra que o Twitter está tentando conter esses receios e, em encontros com anunciantes, está mostrando que a linha editorial não deve ser alterada. E, se houver mudanças, serão no longo prazo, pois o processo de compra, caso se concretize, deve demorar.
Sobre a regulamentação das redes sociais como forma de barrar a desinformação, como sugeriu o ex-presidente americano Barack Obama durante evento realizado no último dia 21 de abril, na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, Lins da Silva diz que, atualmente, essa talvez seja a questão mais difícil envolvendo a área da comunicação e jornalismo.
O professor se posiciona de modo favorável à autorregulação, assim como o Twitter já faz, instituindo algumas regras. “E, inclusive, o Twitter foi corajoso, chegando a acabar com a conta do ex-presidente Donald Trump”, lembra o professor. Porém, com Elon Musk, essa autorregulação pode ficar mais complicada do que tem sido até agora.
Horizontes do Jornalismo
A coluna Horizontes do Jornalismo, com o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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