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Nesta sua primeira coluna do ano, o professor Pedro Dallari aborda os desafios que esperam por 2023 e que são muitos: a fraqueza da economia mundial ainda como reflexo da pandemia de covid-19; a acentuação da crise ambiental por conta do aquecimento global; a possibilidade de uma guerra nuclear, creditada à invasão da Ucrânia pela Rússia. Esse quadro, para Dallari, torna a realidade do ano que se inicia muito mais complexa e difícil. “É generalizado o sentimento de crise: crise econômica, crise política e crise social, no Brasil e no mundo, afetando os países, as empresas e as organizações sociais, as famílias e as pessoas.”

O colunista aponta urgência na adoção de medidas no campo econômico, com o intuito de propiciar a retomada de padrões de crescimento capazes de melhorar o tamanho e a distribuição da renda da população mundial. Para a resolução dos problemas ambientais, ele propõe ações mais efetivas no combate ao aquecimento global, como a redução radical do desmatamento. Já no plano da segurança internacional, “a contenção da ameaça russa do uso de armas nucleares no conflito ucraniano impõe-se como exigência incontornável. E, no âmbito social e dos direitos humanos, cabe reverter rapidamente a tendência de degradação das condições de vida de parcela crescente da população”.

Dallari comenta o papel que a Universidade terá nesse cenário tão complexo. “A Universidade é uma instituição antiquíssima, dedicada à produção de conhecimento científico sobre todos os aspectos da vida e do universo. Ao longo dos tempos, foi uma fonte importante de produção de propostas para que governos desenvolvessem iniciativas voltadas a atender às demandas da sociedade, aquilo que hoje denominamos política públicas”, analisa ele. “Na atual quadra da história humana, marcada justamente por situações críticas, é fundamental que esse papel da universidade seja ainda mais valorizado, tanto pelos governos como pela comunidade acadêmica. A superação do quadro de crises passa pela adoção de políticas públicas […] e não haverá políticas públicas de qualidade se não houver participação efetiva da universidade.” Nesse sentido, Dallari exalta o papel da Universidade de São Paulo como fomentadora de políticas públicas de excelência. E finaliza sua coluna informando que, em suas próximas participações, apresentará exemplos da contribuição uspiana diante dos “enormes desafios” dos tempos atuais.

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