Na coluna Conflito e Diálogo desta semana, Marília Fiorillo discute o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi e a sentença dada aos acusados. Dois dos suspeitos de planejar a execução foram supostamente perdoados pela família do jornalista, o que, segundo a jurisprudência saudita, os absolve dos crimes.
Jamal Khashoggi, colunista do The Washington Post, foi assassinado em 2018 no consulado da Arábia Saudita, em Istambul. O jornalista teve o corpo esquartejado e detalhes divulgados revelam o esquadrão de extermínio entrando e saindo da Turquia. Os restos mortais nunca foram encontrados. Para a colunista, ninguém ousaria tal crime sem a concordância de MBS, ou Mohammad bin Salman, o príncipe herdeiro e ditador saudita. Recentemente, os suspeitos do extermínio compareceram no Tribunal de Riad. Cinco deles tiveram as suas sentenças de morte comutadas para 20 anos de prisão e outros três foram sentenciados com penas entre sete e dez anos.
Marília informa que, em março, promotores turcos indiciaram 20 sauditas do esquadrão de extermínio, entre eles duas figuras intimamente ligadas a MBS: o ex-subchefe do serviço secreto saudita, por planejar o crime, e um conselheiro próximo ao príncipe, por coordenar o assassinato. Os dois foram perdoados pela família de Khashoggi, provavelmente sob pressão, e escaparam da pena de morte.
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Conflito e Diálogo
A coluna Conflito e Diálogo, com a professora Marília Fiorillo, vai ao ar quinzenalmente sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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