O Ambiente é o Meio desta semana entrevista a geocientista Suellyn Emerick sobre a comunicação e a divulgação científica por meio de filmes de desastres climáticos. A mestranda em Divulgação Científica e Cultural pela Unicamp desenvolve pesquisa em que trabalha o conceito de ficção climática, filmes de ficção científica que abordam as mudanças climáticas.
Suellyn é graduada em geociências pela USP e conta que foi durante a iniciação científica que percebeu uma lacuna na comunicação científica das mudanças climáticas. Fã de filmes de desastres, ela enfatiza a necessidade de diversificar o escopo dos filmes explorados, incluindo produções de baixo orçamento e aquelas que abordam questões sociais relacionadas às mudanças climáticas. “A variedade de filmes pode enriquecer o diálogo público e ampliar a compreensão sobre as complexidades envolvidas no tema.”
Apesar disso, o tipo de desastre visualizado em muitos filmes é pouco relacionável com a vivência brasileira, segundo Suellyn. “No artigo eu decidi falar sobre trazer uma abordagem para a realidade vivida aqui no Brasil. Aí decidi falar sobre enchentes e escorregamentos.”.
Embora o gênero tenha muitos filmes que dramatizam demais os eventos climáticos, diz a pesquisadora, eles ainda podem refletir os desafios enfrentados pela humanidade diante das mudanças climáticas observadas no mundo real. Segundo a mestranda, “muitas questões sociais a respeito da questão da fragilidade que algumas pessoas vivem são abordadas em alguns filmes também.”
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