É profundamente lamentável a intransigência do Sindicato dos Trabalhadores da USP que resultou na ação arbitrária de manter bloqueados, desde o dia 4 de agosto, o acesso ao prédio da Reitoria, descumprindo ordem judicial.
Desde o início desta gestão, tem sido levado ao conhecimento da comunidade acadêmica e da sociedade em geral o comprometimento orçamentário da Universidade com folha de pagamento muito acima dos recursos disponíveis.
Ainda que seja justa a demanda por reajuste salarial, nesse contexto, qualquer correção implicaria aumento de gastos com pessoal com os quais a USP não pode arcar.
Neste ano, apesar de todas as restrições orçamentárias já adotadas, a USP está gastando R$ 90 milhões por mês a mais do que recebe e, nesse ritmo, deve fechar o ano com déficit de R$ 1 bilhão.
Não obstante, o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) manteve sempre abertas as negociações, que, contrariamente ao divulgado pelos sindicatos, nunca foram fechadas, e agendou, para 3 de setembro, a sexta reunião, desde 12 de maio, para a discussão da data-base.