Um consórcio multinacional e multidisciplinar que reúne 52 parceiros institucionais, localizados em 18 países, se reuniu pela primeira vez em São Paulo para coordenar e planejar suas atividades de trabalho nos próximos três anos. Durante este período de tempo, o ZIKAlliance, do qual faz parte a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), pretende ligar grandes estudos observacionais de coorte multicêntricos com investigação científica básica para focar três objetivos principais: compreender o impacto da infecção por vírus zika durante a gravidez e identificar efeitos a curto e médio prazo sobre recém-nascidos; rastrear e documentar a história natural da infecção pelo vírus zika em seres humanos e seu ambiente no contexto de outros arbovírus (vírus transmitidos por artrópodes, como os mosquitos) circulantes; e propiciar condições para pesquisa sobre preparação para futuras ameaças epidêmicas na América Latina e no Caribe em colaboração com outros consórcios.
Com evento organizado pela FMUSP no Centro de Convenções Rebouças, o ZIKAlliance iniciou oficialmente suas atividades em reunião de lançamento, nos dias 4 e 5 de dezembro. Coordena o consórcio o Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm), com financiamento do programa de pesquisa e inovação Horizon 2020, da União Europeia.
Para atender aos seus três objetivos-chave, ZIKAlliance foi organizado em nove pacotes de trabalho que vão desde a ciência básica, estudo de animais para estabelecer se eles carregam o vírus zika, até a pesquisa clínica com foco no diagnóstico e impacto social do zika na comunidade.
Além disso, este consórcio irá se juntar à luta contra o zika com mais dois projetos financiados pela Comissão Europeia: o ZIKAction e o ZikaPLAN. Foram identificadas áreas-chave de colaboração nas áreas de harmonização de protocolos de estudo, compartilhamento de dados, uma rede de preparação comum (REDe), governança e necessidades comuns de comunicação.
Durante a reunião, cada líder de pacote de trabalho e colíderes tiveram a possibilidade de apresentar e discutir sua agenda de pesquisa e planos de trabalho futuros. Todos os esforços serão feitos para assegurar uma boa comunicação entre os grupos e facilitar uma resposta eficiente às pesquisas.
Mais informações: site https://rede.tghn.org