Unidade de pesquisa industrial na USP desenvolve tecnologia verde

Embrapii Tecnogreen busca parceria entre pesquisadores e empresários na criação de soluções ambientais

 27/02/2019 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 28/02/2019 às 13:01
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jorusp

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O Momento USP Inovação desta semana conversou com o professor Jorge Alberto Soares Tenório, coordenador da Unidade Embrapii Tecnogreen, da Escola Politécnica (Poli) da USP. A Embrapii é a Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, fundada pelo Governo Federal há cinco anos, com o objetivo de estabelecer parcerias entre o setor industrial e os institutos de ciências e tecnologia do Brasil, sobretudo as universidades. A organização se financia com recursos provenientes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Ministério da Saúde e do Ministério da Educação.

A USP possui quatro das 40 unidades da Embrapii, distribuídas por todo território nacional. A Unidade Tecnogreen é especializada em tecnologia verde, isto é, a redução do impacto dos recursos tecnológicos no meio ambiente. Com projetos que vão desde a transformação de resíduos de biomassa – como restos de plantações de eucaliptos, por exemplos – em matérias primas; processos de reparação de compostos de resíduos em barragens ou redução do risco de vazamento de petróleo em plataformas de prospecção em alta profundidade.

Foto: Divulgação / Embrapii

O professor Jorge Tenório pontua que o Brasil é um razoável produtor de pesquisa científica em termos de position paper, mas, em caso de geração de patentes, ele não está bem posicionado. Outra meta da Embrapii é gerar conhecimento aplicado na área industrial, com a finalidade de aumentar o número de patentes, inovações, riquezas e empregos.

Quando comparado aos bancos, o Sistema Embrapii mostra-se mais vantajoso para as indústrias. O professor ilustra que uma empresa de grande porte demoraria até 3 anos para conseguir um empréstimo no BNDES. Já no Sistema Embrapii, as unidades possuem autonomia para acertar o plano de trabalho e os valores com o parceiro em potencial. Após passar pelo crivo do corpo docente, o processo é assinado e aprovado em 60 dias. Outra vantagem é que metade dos recursos, ou até mais da metade, é de fundos não reembolsáveis, ou seja, a empresa não precisa arcar com a cifra. Para isso, é necessária a confirmação que o projeto trará benefícios para a sociedade.

 

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