O relatório Air Quality Life Index, feito por pesquisadores da Universidade de Chicago, indica que a poluição atmosférica representa maiores riscos a nossa saúde do que cigarro, álcool e outras drogas, reduzindo a expectativa de vida média em até dois anos. A professora Nathália Villa dos Santos, do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental do Hospital das Clínicas (HC), da Faculdade de Medicina (FM) da USP, dá detalhes da pesquisa e aponta que a poluição é preocupante, pois é um “assassino invisível”, já que não há como impedir completamente sua dispersão.
Além de impactos individuais, o problema também atinge o coletivo. Por isso, soluções em ambos os níveis estão sendo pensadas: enquanto o indivíduo pode optar por usar transporte coletivo ou ir a pé ao trabalho, reduzindo suas emissões de gases estufa, grandes empresas e nações podem optar pelo sistema de compra e venda de créditos de carbono. No entanto, Nathália alerta que ainda é necessário aprimorar esses recursos: “O mercado de créditos de carbono é de difícil implementação, porque esses projetos não deveriam ser desenvolvidos só com propósito de venda, mas, sim, o de proporcionar novas fontes de energia. Mas há pouca aderência e a relação entre países vendedores e compradores envolve um compromisso de diminuição da poluição que às vezes não é cumprido”.
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