Quando uma cidade pode ser considerada inteligente ? Segundo o professor Luli Radfahrer, a resposta passa pela adoção de práticas de gestão ou de meios eletrônicos. No primeiro caso, ele cita como uma experiência bem-sucedida a diminuição da velocidade nas marginais em São Paulo, medida que possibilitou uma redução no número de acidentes e, consequentemente, melhorou a vida do paulistano. E isso, segundo o colunista da Rádio USP, deveu-se basicamente a uma mudança na dinâmica da cidade.
O segundo caso, ou seja, a adoção da tecnologia, passa pelo conceito de uma cidade que tenha todos os seus sistemas de infraestrutura (trânsito, saneamento básico etc) conectados à Internet. Dessa forma, é possível saber, por exemplo, onde há vazamentos de água ou em que horário as pessoas gastam mais ou menos energia elétrica – variáveis, enfim, que permitem que a cidade seja melhor administrada.
Radfahrer admite, contudo, que, embora seja importante, a tecnologia não pode ser vista como o único fator de transformação de uma cidade em um local melhor para se viver.
Em conversa com o radialista Mario Santi, ele também aborda alguns dos problemas enfrentados pelas cidades, dos quais o maior é o gigantesco desperdício de sistemas que não conversam uns com os outros.
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