São Paulo, assim como outras grandes cidades brasileiras, vive um período de retomada da importância dos chamados modos não motorizados de circulação, o que representa, basicamente, o uso da bicicleta e dos pés como forma de deslocamento. O tema da coluna semanal da professora Raquel Rolnik para a Rádio USP informa que mais de um terço das viagens que ocorrem na região metropolitana de São Paulo se dão a pé.

Entretanto, a infraestrutura de uma cidade como São Paulo, por exemplo, foi historicamente planejada para a locomoção por carros, ou seja, pedestres não têm vez nas ruas, avenidas, túneis e viadutos espalhados pela capital.
A professora Raquel Rolnik lembra, porém, que isso está mudando, já que estamos vivendo, ainda que timidamente, uma alteração de parâmetros: cerca de 1% da infraestrutura viária de todas as capitais do Brasil, informa ela, está ocupada atualmente por ciclovias, as quais, por sua vez, se articulam com a questão dos deslocamentos a pé, uma vez que a bicicleta é um meio não motorizado e não poluente de transporte.
De acordo com a colunista, no Brasil, as cidades que mais implantaram ciclovias foram Rio Branco, no Acre, e Aracaju, em Sergipe; já quando nos referimos à extensão por quilômetros, a maior rede é a do Rio de Janeiro. Por sua vez, São Paulo e Brasília foram as que mais ampliaram sua infraestrutura para a locomoção por meio de bicicletas nos últimos anos.