O médico João Paulo Lotufo fala, na sua primeira coluna do ano, sobre as primeiras inciativas em 2019 de combate ao consumo excessivo de álcool. Segundo ele, a ingestão de álcool está cada vez mais precoce, e é importante lembrar que o cérebro se desenvolve até os 21 anos. Por isso, a iniciação de qualquer droga nesse período aumenta a possibilidade de dependência química.
Como representante das ações de combate ao álcool, tabaco e drogas na Sociedade Brasileira de Pediatria e presidente do Grupo de Trabalho no Combate ao Uso de Drogas por Crianças e Adolescentes na Sociedade de Pediatria de São Paulo, o médico tem reuniões agendadas nesta e na próxima semana com as equipes do governador João Doria e do prefeito Bruno Covas. Como o enfoque do ano será o álcool, dentre as propostas apresentadas está a proibição da venda de bebidas em locais públicos, como quiosques, barracas, veículos, etc. por falta de controle da faixa etária.
Lotufo também vai solicitar a proibição de propaganda na mídia de bebidas alcoólicas, das 6h às 21h, assim como a proibição de publicidade em eventos esportivos e culturais. São ações utilizadas em muitos países e que, segundo o médico, inibem a precocidade da ingestão de álcool. Mas o colunista lembra que o exemplo familiar é fundamental para que esse resultado seja alcançado.
Outra questão que será trabalhada em 2019 é a diferença entre o uso de maconha medicinal e o recreativo. Este será o assunto da coluna na próxima semana.