Álcool e gravidez não combinam, principalmente na adolescência. Ocorre, porém, que hoje os adolescentes começam a ter contato com o álcool muito cedo. Uma das consequências é justamente a gravidez precoce ou indesejada. O dr. João Paulo Lotufo cita dados alarmantes: nos últimos cinco anos, o Hospital Universitário da USP realizou 1.535 partos em adolescentes de 12 a 17 anos – ou seja, 10% do total dos partos foram nessa faixa etária.
Segundo o médico, boa parte dessas adolescentes engravidou depois de um baile na periferia regado a álcool e drogas, o que é uma mistura catastrófica. Ainda de acordo com Lotufo, até os 17 anos, 60% dos jovens já experimentaram bebida alcoólica. Em boa parte dos casos, esse primeiro contato com o álcool ocorre dentro de casa, sob influência dos próprios pais. Quanto mais cedo o adolescente começar a beber, maior o risco de se instalar a dependência e maiores os danos para a saúde.
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