Delegação de Angola visita Universidade para discutir possibilidade de parceria

Nesta quinta-feira, dia 15 de maio, a Universidade recebeu a visita de delegação da Angola para iniciar discussões sobre cooperação acadêmica, especialmente na Pós-Graduação, com a possibilidade de criar um centro de estudos voltado para as questões do desenvolvimento da sociedade angolana.

 16/05/2014 - Publicado há 10 anos
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(Da esq. p/ dir.) O vice-reitor Vahan Agopyan e o secretário para assuntos Sociais do Presidente da República de Angola, Francisco Simão Helena

Nesta quinta-feira, dia 15 de maio, a Universidade recebeu a visita de delegação da Angola para iniciar discussões sobre cooperação acadêmica, especialmente na Pós-Graduação.

O vice-reitor Vahan Agopyan recepcionou a delegação chefiada pelo secretário para assuntos Sociais do Presidente da República daquele País, Francisco Simão Helena. Agopyan fez uma breve apresentação sobre a Universidade, destacando que possui cursos em todas as áreas do conhecimento, têm 8 campi, cerca de 58 mil alunos de Graduação, mais de 28 mil de Pós-Graduação, 6 mil docentes e mais de 16 mil funcionários. E, lembrou que a Universidade têm parcerias com Angola nas áreas de engenharia – com foco em saneamento, e enfermagem, por exemplo.

Segundo a delegação de Angola, a ideia desta visita é “auscultar”, ou seja conhecer como funcionam os centros de estudos dentro da USP, para depois pensar como pode ser estabelecido uma parceria entre a Universidade e instituições do seu país, como por exemplo, a criação de uma Cátedra em conjunto na Universidade.

Questões do desenvolvimento

Agopyan explicou que, na USP, o conceito tradicional das Cátedras foi extinto na década de 60, mas que existem alguns centros de pesquisa que recebem o nome de Cátedra, como um título honorífico por ter como presidente uma pessoa ilustre, que é o caso da Cátedra José Bonifácio, que faz parte do Centro Iberoamericano (Ciba), núcleo ligado à Pró-Reitoria de Pesquisa, e tem à frente atualmente o ex-chanceler do Uruguai, Enrique Iglesias; ou por ser consequência de uma área de pesquisa mais consolidada como a Cátedra Jaime Cortesão, órgão da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), com foco na história de Portugal e do Mundo de Colonização e Língua Portuguesa.

Segundo o secretário Helena, a ideia “é criar um centro de estudos voltado para as questões do desenvolvimento da sociedade angolana, para pesquisar questões concretas e específicas do país, que depois poderiam ser compiladas em um relatório”. Nestes moldes, o presidente da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional, Raul Machado Neto, sugeriu a criação inicialmente de uma Rede Internacional de Estudos, que depois poderia ser um centro de estudos e pesquisa, com diversas pesquisas e projetos nas áreas de maior relevância para ambos, o que teve consenso da maioria.

A delegação visitou a USP com o intuito de conhecer a instituição para depois analisar a possibilidade de “criar um centro de estudos voltado para as questões do desenvolvimento da sociedade angolana”

No final do encontro, Helena disse que a delegação precisa e conta com os conhecimentos de uma Universidade como a USP para ajudar a materializar a ideia dos estudos, e representando a instituição o vice-reitor respondeu: “Estamos à disposição, pois temos interesse na cooperação, mas precisamos definir qual o melhor modelo para a realização”, afirmou.

Além das pessoas já citadas, tiveram presentes pela USP a pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária, Maria Arminda do Nascimento Arruda; o pró-reitor adjunto de Pós-Graduação, Marcelo Cândido da Silva; e o diretor-adjunto na Área de Relações Acadêmicas Internacionais da Agência USP de Cooperação, Maurício da Silva Baptista. E, pela delegação de Angola teve a participação de membros da Presidente da República de Angola da área de Comunicação Institucional e Imprensa, Secretaria para os Assuntos Jurídicos e Judiciais; Secretaria para os Assuntos Diplomáticos e de Cooperação Internacional.

(Fotos: Ernani Coimbra)


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