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Com a campanha eleitoral tendo se iniciado, todo o cuidado deve ser tomado em relação às notícias falsas. O professor Alberto do Amaral começa a sua coluna comparando economia e política, imaginando uma situação em que o consumidor vá ao supermercado e adquira um produto cuja data está ultrapassada e que, depois de consumido, provoque uma intoxicação naqueles que o consumiram. Nesse caso, a falta de informação sobre a data de validade do produto induziu o consumidor ao erro.

Da mesma forma como no exemplo acima, a democracia também depende de informações a serem transmitidas e veiculadas livremente na esfera pública. “A democracia vale-se dessas informações para que se robusteça a confiança indispensável para a tomada de decisões coletivas” e para que haja alternância do poder, uma das principais características dos regimes democráticos, que não se sustentam sem que haja eleições. Para tanto, “é necessário que as informações veiculadas durante o processo eleitoral sejam informações factualmente comprováveis”, o que significa dizer que mentiras sobre os candidatos ou sobre seus programas de governo não devem ser admitidas, sob risco de comprometimento de todo o processo,  “porque a mentira tem uma correlação direta com a violência. Nós estamos assim diante da corrosão da confiança básica para o processo eleitoral funcionar de forma apta e correta”.

Ainda segundo o colunista, as informações verdadeiras são essenciais para o convencimento, “e o convencimento é a chave decisiva para que a democracia funcione e para que o poder se exerça em sua plenitude”.

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