Onze livros da Edusp são indicados ao 58º Prêmio Jabuti

O prêmio mais importante do mercado editorial seleciona publicações da Editora da Universidade para concorrer em nove categorias

 31/10/2016 - Publicado há 7 anos
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Uma das estatuetas do Prêmio Jabuti ganha pela Edusp - Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Uma das estatuetas do Prêmio Jabuti ganhas pela Edusp – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Onze livros da Editora da USP (Edusp) estão entre os finalistas da 58ª edição do Prêmio Jabuti, considerado o reconhecimento mais importante do mercado editorial brasileiro. O Jabuti 2016 contempla 27 categorias e a análise das obras é feita por um grupo de jurados integrado por profissionais especializados em suas respectivas áreas de atuação.
A editora assistente Carla Fernanda Fontana destaca que as publicações indicadas, como todos os livros da Editora da USP, primam pela pesquisa em diversas áreas do conhecimento e por um projeto editorial criativo e diferenciado. “Neste ano, os finalistas estão concorrendo em nove categorias”, observa. “Mais uma vez, estamos sendo indicados para concorrer na categoria capa com o livro Pittoresco, de Antonio Saggese, uma coedição com a Imprensa Oficial. E o mesmo livro concorre também em projeto gráfico assinado por Gabriela Vianna.”
Em Pittoresco, o arquiteto e fotógrafo Antonio Saggese propõe uma reflexão sobre a imagem fotográfica em uma série de imagens digitais que despertam no leitor as mesmas sensações de admiração e espanto ao observar a força da natureza. “A Edusp está participando ainda entre os finalistas da categoria Ciências da Natureza, Meio Ambiente e Matemática com o livro Dinossauros e Outros Monstros: Uma Viagem à Pré-História do Brasil, de Luiz Eduardo Anelli. É uma coedição com a Editora Peirópolis”, explica Carla.
Carla lembra que a indicação ao Prêmio Jabuti já é um reconhecimento do trabalho e pesquisa dos autores e também da edição competente da Edusp. Desde 1988, quando foi criado o seu departamento editorial, tem cerca de mil e seiscentos títulos e já ganhou inúmeros prêmios. “Nós temos mais de 80 Jabuti no decorrer da nossa história”, observa com orgulho.

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Os livros indicados

Neste ano, a Edusp concorre com os seguintes livros:

Categoria Capa – livro Pittoresco, de Antonio Saggese, em coedição com Imprensa Oficial; a capa é de Gabriela Vianna. O autor propõe uma nova reflexão sobre a imagem fotográfica nesta série de imagens digitais sobre as quais desenvolveu meticulosa pesquisa para produzir um acabamento que as aproximasse do registro visível da tela luminosa.

Categoria Ciências da Natureza, Meio Ambiente e Matemática –Dinossauros e Outros Monstros: Uma Viagem à Pré-história do Brasil, de Luiz E. Anelli. Publicação em coedição com a Editora Peirópolis. Luiz Eduardo Anelli apresenta neste livro a pré-história brasileira, descrevendo com rigor científico os principais episódios da evolução das espécies e do planeta. Revela passagens da vida dos dinossauros e de outras criaturas no Brasil numa sequência contínua e encadeada de eventos bem demarcados, obedecendo a uma cronologia precisa.

Categoria Ciências Humanas – Viagem como Vocação: Itinerários, Parcerias e Formas de Conhecimento, de Fernanda Arêas Peixoto. O tema maior que aproxima os personagens considerados neste livro – Michel Leiris, Gilberto Freyre, Roger Bastide, Oliveira Lima e Pierre Verger – são as viagens, realizadas entre as décadas de 1930 e 1960 pelo Brasil, pela América hispânica e pela África.

Categoria Comunicação – Incômodos Best-Sellers, USA: Publicidade, Consumo e seus Descontentes, de José Carlos Durand. O autor narra a trajetória de formação e consolidação da publicidade nos Estados Unidos, permeada por conflitos não resolvidos, alguns de desconcertante atualidade, nas oscilações intermináveis do pêndulo político-ideológico entre forças do mercado e do governo.

Gabinetes de Leitura: Cidades, Livros e Leituras na Província Paulista, de Ana Luiza Martins. Os gabinetes de leitura floresceram no século 19 na província de São Paulo, como demonstra a pesquisa de Ana Luiza Martins apresentada neste livro. Constatou-se a existência de 17 desses gabinetes em São Paulo, dos quais apenas três sobreviveram: os de Sorocaba, Rio Claro e Jundiaí.

Categoria Educação e Pedagogia – Leitura em Voz Alta e Produção da Subjetividade: Um Caminho para Apropriação da Escrita, de Lucila Maria Pastorello. A autora discute o papel da leitura em voz alta no processo de apropriação da linguagem pela criança, mostrando que, em função de suas especificidades, essa modalidade de leitura interfere positivamente no processo.

Categoria Gastronomia – Cozinha e Indústria em São Paulo: Do Rural ao Urbano, de Maria Cecília Naclério Homem. A obra acompanha a transformação do ato de comer e da comensalidade, graças ao impacto das novas tecnologias e das mudanças socioeconômicas e políticas. Começa com o retrato das cozinhas rurais, que herdam dos tempos coloniais a amplitude e autossuficiência e cuja dinâmica de funcionamento envolve várias pessoas (e eventualmente animais) para a produção dos alimentos.

Categoria Projeto Gráfico – Pittoresco, de Antonio Saggese. Projeto elaborado por Gabriela Vianna. O livro foi publicado em coedição com a Imprensa Oficial.

Categoria Teoria/Crítica Literária, Dicionários e Gramáticas – A Epopeia Amazônica de Frei Pedro de Santo Eliseu: Viagem (1746), de Milton Torres. Esta obra traz a transcrição e a reprodução fac-similar do poema “Viagem”, de frei Pedro de Santo Eliseu. Ao modelo de Os Lusíadas, o manuscrito apógrafo, aparentemente único, narra uma viagem fluvial de Belém às Índias de Castela, ocorrida em 1714.

Erico Verissimo, Escritor do Mundo: Circulação Literária, Cosmopolitismo e Relações Interamericanas, de Carlos Cortez Minchillo. Erico Verissimo é um escritor-chave para o início de um processo de abertura do romance brasileiro para o cenário mundial, tanto no âmbito textual ou temático como no âmbito de sua circulação internacional, segundo a análise de Carlos Minchillo neste livro.

Categoria Tradução – Ética, de Espinosa. O trabalho de tradução realizado pelo Grupo de Estudos Espinosanos do Departamento de Filosofia da USP, coordenado por Marilena Chauí, teve início no final dos anos 1990 e surgiu como uma forma de aprofundar as pesquisas sobre o filósofo.


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