A volta do funcionamento normal do comércio, o avanço da vacinação e o pagamento do 13º salário prometem alavancar as vendas deste final de ano. Mesmo ainda vivendo a pandemia da covid-19, esses fatores devem movimentar o comércio e a economia do País, em especial a da região de Ribeirão Preto.
Levantamento feito pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi, da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), indica que o 13º injetará em Ribeirão Preto cerca de R$ 652,5 milhões, um aumento de 8,29% em relação ao ano passado, quando ficou na casa dos R$ 600 milhões, o que deve estimular as compras de final de ano. A primeira parcela do benefício deve ser paga até o dia 30 de novembro, somando quase R$ 367 milhões; a segunda, a ser paga até 20 de dezembro, deve contabilizar outros R$ 286 milhões.
Mas as boas expectativas para o Natal, no entanto, não devem amenizar a preocupação de lojistas e consumidores com a alta dos preços, avalia o coordenador de relações institucionais da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto, José Manuel Lourenço. “É que a inflação deve se manter, elevando os custos de alguns produtos.”
A recomendação de Lourenço para os lojistas é o investimento em vendas on-line e, para os consumidores, ficar atentos às ofertas e usar o celular como ferramenta para economizar. Lourenço se baseia em dados recentes do e-commerce brasileiro que mostram, apenas nos três primeiros meses deste ano, um aumento de 57,4% das compras on-line em comparação ao mesmo período do ano passado. Os mesmos dados destacam a região Sudeste em volumes de compras on-line, com 63% do total de pedidos realizados no quarto trimestre de 2020.
Com a perspectiva de aumento nas vendas do varejo, as contratações temporárias também devem manter o mercado de trabalho aquecido, o que é típico para o período, prevê o professor do Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP em Ribeirão, o economista Edgard Monforte Merlo. Na onda de boas novas, Merlo lembra também das novas vagas com carteira assinada abertas, com os cerca de 13,83% a mais de empregados na construção civil, seguidos pela indústria em geral, com aumento de 10,84%, e o setor de serviços, com 9,48% de aumento nas contratações.
Quem tem direito ao 13º
Todo trabalhador que tenha carteira assinada com no mínimo 15 dias trabalhados. Trabalhadores rurais, urbanos, avulsos, domésticos e até mesmo aposentados e pensionistas do INSS têm direito ao décimo terceiro.
- Empregados demitidos por justa causa não possuem direito ao 13º salário (caso a rescisão tenha ocorrido antes do pagamento da parcela);
- Empregados afastados que começaram a receber o auxílio-doença e tiveram seu contrato de trabalho suspenso; assim, receberão 13º salário proporcional ao tempo trabalhado durante o ano e o restante deverá ser pago pelo INSS;
- Já os afastados por acidente de trabalho também têm direito ao 13º salário proporcional ao tempo que trabalharam durante o ano e o restante deverá ser pago pelo INSS; caso o empregado se encontre afastado por acidente de trabalho durante todo o ano, o responsável pelo pagamento do 13º salário integral é o próprio INSS;
- O estagiário não tem direito ao recebimento do 13º salário. Porém, algumas empresas, por livre e espontânea vontade, decidem bonificar seus estagiários também.
O décimo terceiro também tem alguns descontos, como INSS, imposto de renda e pensão alimentícia. Os descontos desses encargos são feitos na segunda parcela e deve ser considerado o valor total do décimo terceiro e não as parcelas.
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