Atenção primária à saúde é considerada essencial na Faculdade de Medicina

“O aluno da Medicina e também de outros cursos precisa ter uma vivência nesse âmbito de atenção para poder compreender como é possível fazer um diagnóstico de saúde”, diz Mariana Eri Sato

 15/07/2021 - Publicado há 3 anos
Na Universidade de São Paulo, o nível de atenção primária aparece no programa da Faculdade de Medicina – Foto: USP Imagens
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A Atenção Primária à Saúde se caracteriza por um conjunto de ações que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação, principalmente. É uma espécie de filtro que organiza o fluxo dos serviços nas redes de saúde. O nível de atenção primária é tido como essencial por especialistas na prática da medicina. Na Universidade de São Paulo, esse nível aparece no programa da Faculdade de Medicina.

A médica Mariana Eri Sato é supervisora técnico-administrativa do Programa de Atenção Primária da Faculdade de Medicina da USP. Em entrevista ao programa Jornal da USP no Ar 1ª Edição, ela lembra que é no nível de atenção primária que acontece o acesso aos serviços de saúde em unidades básicas, por exemplo, e consequentemente o direcionamento para outros níveis. “O aluno da Medicina e também de outros cursos precisa ter uma vivência nesse âmbito de atenção para poder compreender como é possível fazer um diagnóstico de saúde”, aponta.

Entre os estudantes, a atenção primária começa a partir de atividades de estágio no início da graduação, o que dá espaço futuramente a novas práticas de imersão a partir do quinto ano da graduação. Nesse momento, os alunos fazem o atendimento da população diretamente em Unidades Básicas de Saúde (UBS), representando a parceria de qualificação entre a Universidade e a rede municipal de Saúde.

“Essa dinâmica permite que o aluno tenha uma vivência muito concreta do que acontece nesse nível de atenção. Eles atendem todos os tipos de pessoa. É a possibilidade de lidar com essa realidade que permite que os nossos alunos da atenção primária tenham uma formação bastante rica”, indica Mariana. Como impacto do estímulo à atenção primária na graduação, ela também conta que notou um aumento na procura de alunos pela especialidade de medicina de família e comunidade, pouco procurada até pouco tempo atrás.

Durante a pandemia, as atividades de atenção primária ganharam novas possibilidades. Mariana relata que os estudantes atenderam pacientes que procuravam o sistema de saúde com a suspeita de covid-19. Esse novo desafio teve de ser conciliado com outros problemas da atenção primária que permaneceram, como o acompanhamento de gestantes. “O profissional de saúde qualificado vai ter uma capacidade resolutiva muito maior”, afirma a médica.


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