Uma pesquisa conduzida pela London School of Economics buscou medir a capacidade de comunicação entre ciência e sociedade em alguns países do mundo. Os resultados do estudo avaliaram positivamente a interação entre a comunidade científica brasileira e os demais setores sociais, o que, de acordo com Glauco Arbix, é importante para as universidades em diversos aspectos, por exemplo, para a atração de recursos privados.
“Essas instituições sobrevivem de verbas, em maioria públicas, mas também privadas. No entanto, também é importante a comunicação para que a universidade faça recomendações de políticas públicas, tratamentos na área da saúde, melhorias da educação.”
O especialista ressalta a importância do feito ao relembrar que “a comunidade científica nem sempre é boa nesse tipo de atividade [comunicação com a sociedade], muitas vezes é fechada e tem dificuldades”.
Um grande exemplo da efetividade da conversa entre universidade e demais setores no Brasil é a participação social dos pesquisadores durante a pandemia. “Houve uma explosão de solidariedade, grupos de todo tipo surgindo, tentando ajudar a salvar vidas, o mais nobre tipo de comunicação que poderíamos imaginar. Isso valoriza a universidade brasileira”, comenta o professor.
Para explicar o sucesso do Brasil na avaliação, pode-se citar os diversos meios desenvolvidos recentemente pela comunidade científica para alcançar as pessoas, como eventos públicos e canais próprios de difusão de pesquisas (sejam eles em mídias sociais ou televisivos). “São meios de comunicação que vêm sendo utilizados para tirar a ciência da redoma da universidade”, completa Arbix.
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Observatório da Inovação
A coluna Observatório da Inovação, com o professor Glauco Arbix, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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