Com a pandemia, as dinâmicas da vida doméstica tiveram que ser adaptadas para o cumprimento da necessidade de isolamento social. No entanto, os impactos dessas mudanças podem ter sido ainda mais difíceis de lidar para alguns. Esse é o caso das pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), principalmente as crianças.
A professora Patrícia Braga, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, explica que essa é uma síndrome do neurodesenvolvimento e que a repetição de atividades, como a instituição de uma rotina fixa, pode contribuir na formação da criança amenizando os traços do TEA que possam inibir seu aprendizado. No entanto, essa interrupção brusca de suas atividades regulares exige que os pais tenham que dedicar ainda mais atenção a seus filhos autistas: “O que deve ser feito, então, é sentar e conversar com a criança, explicando de forma simples o que está acontecendo e o porquê de ela não poder ir mais à escola ou ter que passar a usar máscara. Isso vale para qualquer criança, mas para a autista pode ser necessário falar mais vezes para que ela assimile o que está acontecendo ao seu redor. Por isso, os pais devem ter paciência e perseverança”.
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