Pesquisa investiga como pessoas com diabete estão lidando com a pandemia

Voluntários adultos podem participar, respondendo questionário e ajudando profissionais da saúde a adequar intervenções para controle da doença no atual cenário

 07/10/2020 - Publicado há 3 anos
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Grupo de risco para casos graves da covid-19, os indivíduos com diabete são alvo de estudo para entender como essas pessoas estão enfrentando a pandemia. A pesquisa mobiliza pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) e da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), ambas da USP; da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e pretende chegar a 2 mil voluntários.

A ideia, segundo os cientistas, é verificar o grau de resiliência, de autocuidado, de orientações e as principais dificuldades encontradas pelo diabético neste período de isolamento social. Ao falar sobre a importância da participação da pessoa com diabete nesta pesquisa, o professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e um dos idealizadores do projeto, Laercio Franco, garante que as informações sobre essas questões – o autocuidado, as dificuldades na obtenção de medicamentos, a realização de exames laboratoriais, o automonitoramento da glicemia e os acessos aos serviços de saúde – podem ajudar os profissionais de saúde a adequar “suas intervenções diante do atual cenário epidemiológico”. 

O professor destaca o fato do maior risco de desenvolvimento de formas graves da covid-19 para alertar pessoas com diabete quanto à interferência da infecção pelo novo coronavírus no controle metabólico do paciente, o que, segundo Franco, pode exigir alteração das doses do tratamento usual. 

Ainda ressaltando a relação diabete x covid-19, Franco lembra que as pessoas que tiveram covid-19 podem sofrer alterações imunológicas, após a infecção, e apresentarem um risco maior de desenvolver diabete tipo 1, forma autoimune. Outro alerta do professor foi para as mudanças provocadas pelo isolamento social com reflexos no controle da diabete, como aumento do consumo de comidas e bebidas alcoólicas e da vida mais sedentária. 

Para participar da pesquisa, além de ter diabete, o voluntário precisa ser maior de idade (18 anos ou mais) e responder, até dia 15 de outubro, o questionário on-line que pode ser acessado aqui.

Ouça no player abaixo a entrevista com o professor Laercio Franco, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, ao Jornal da USP no Ar, Edição Regional.


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