Foto: Marcos Santos/USP Imagens
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Há no mundo algumas verdades absolutas que têm a mesma solidez que um castelo de cartas. Aprendemos, ao longo do tempo, até a conviver com elas, mas são muito difíceis de se aceitar – principalmente nos tempos atuais. Uma dessas “verdades” é aquela que diz, e não é de hoje, que o fim do livro de papel, tal como o conhecemos há séculos, está próximo ou que já havia chegado. Contra todas as falácias, o livro, no entanto, se mantém. Não sucumbiu à tecnologia, não foi substituído pelos kindles nem perdeu espaço para as séries que os canais de streaming despejam diante dos olhos a toda hora. Afinal, não foi o papa da informática Bill Gates que disse: “meus filhos terão computadores, mas antes terão livros”?
E contra outra dessas “verdades absolutas”– a que dá conta que “brasileiro não gosta de ler” – as pessoas, sim, compram livros, quase que seguindo o conselho de Gates. Uma prova disso é a Festa do Livro, promovida há 21 anos pela Editora da USP, a Edusp. Todos os anos, a festa reúne editoras de todo o País – este ano são 260 –, que oferecem livros e mais livros com descontos tão saborosos quanto os títulos nas prateleiras. Resultado? Um enxame de gente ávida por ler. Ano passado foram mais de 90 mil pessoas durante os quatro dias da Festa do Livro. A expectativa é que esse número aumente, com chuva e tudo. E haja mala de rodinhas, sacolas e sacolões, braços avantajados ou raquíticos, tudo para carregar livros “à mancheia”, como escreveu Castro Alves.
A Festa do Livro, oficialmente, acaba neste sábado, às 20 horas. Oficialmente. Porque o livro sempre merecerá uma festa. O livro deve ser uma festa constante.
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