Projeto de alunos da Poli vence concurso promovido pela empresa EDP

A equipe da USP criou um aplicativo que monitora os aparelhos domésticos, tornando o cliente mais informado e autônomo em relação ao consumo de energia

 30/10/2019 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 01/11/2019 as 12:41
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(Da esq. p/ dir.) O estudante Victor Takashi Hayashi; o reitor da USP, Vahan Agopyan; e Tiago Yukio Fujii, na cerimônia de premiação, em Lisboa – Foto: Divulgação

Um projeto desenvolvido por dois estudantes da Escola Politécnica (Poli) da USP – Victor Takashi Hayashi e Tiago Yukio Fujii – foi o vencedor do EDP University Challenge 2019, competição internacional promovida pelo grupo EDP, multinacional portuguesa que atua em toda a cadeia de valor do setor elétrico, com o objetivo de apoiar e fomentar o espírito empreendedor de estudantes universitários.

A cerimônia de premiação foi realizada no dia 29 de outubro, na sede da empresa, em Lisboa, Portugal. A equipe vencedora foi contemplada com uma viagem ao Vale do Silício, localizado na Califórnia, nos Estados Unidos, onde terá a oportunidade de conhecer o centro por excelência da indústria de tecnologia de ponta.

Ao todo, foram 272 grupos inscritos no programa, promovido pela EDP em Portugal e no Brasil, e pela EDP Renováveis, na Espanha.

As três empresas desafiaram os estudantes a desenvolver um projeto de engenharia, gestão e marketing focado no futuro em diferentes temas. Em Portugal, o tema proposto foi Loja do Futuro EDP; no Brasil, os alunos trabalharam A Casa do Futuro; e a EDP Renováveis desafiou os grupos a desenvolverem trabalhos sobre o futuro das energias renováveis. Na final, os alunos fizeram uma apresentação curta sobre o negócio para captação de investimento diante dos jurados.

A equipe da USP vencedora do concurso criou um aplicativo que monitora os aparelhos domésticos e responde a comandos, tornando o cliente mais informado e autônomo em relação ao consumo de energia de sua casa. O sistema tem interface com programas de voz como Google Home e Alexa.

Adicionalmente, as empresas de comercialização e distribuição de energia podem usar os dados e algoritmos de previsão para otimizar a rede, e a informação reunida pode ser usada para direcionar estratégias de conscientização dos consumidores e melhorias da rede.

“Participar da competição já representa uma vitória para os estudantes. Os quase 300 grupos participantes aceitaram um desafio real, enfrentaram o problema com soluções inovadoras e viáveis e mostraram ser criativos e empreendedores. Tive a oportunidade de assistir à final e vibrei com as propostas que os nove grupos apresentaram – todas excelentes e que certamente serão aproveitadas. O trabalho vencedor do Victor e do Tiago empolgou os jurados, pois o alcance da proposta deles era maior do que a apresentada”, destacou o reitor da USP, Vahan Agopyan.

Para a diretora da Poli, Liedi Legi Bariani Bernucci, “este é o reconhecimento da formação sólida que a Escola oferece, do talento de nossos alunos e de sua capacidade em inovar e empreender com suas idéias e desenvolvimentos tecnológicos. A viagem ao Vale do Silício será um estímulo e servirá de inspiração para estes jovens politécnicos. Queremos agradecer a excelente orientação do professor Reinaldo Arakaki e demonstrar com este brilhante resultado a retribuição à sociedade sobre o que ela nos oferece, formando novos líderes e contribuindo para a melhoria de vida da população e aumento da riqueza da nação”.

Além da equipe da Poli, outro projeto da USP estava entre os três finalistas brasileiros classificados. Três alunos do curso de MBA em Gestão de Negócios da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), Natalia Teixeira Fernandes Gomes, Leandro Glerean e Glauco Roberto Clerc Reguero, elaboraram um estudo denominado Oikos Experience. O projeto teve como foco a construção de uma casa inteligente e sustentável e a otimização do uso dos recursos, como captação e potabilização de água da chuva, e a eficiência do uso da energia elétrica, incluindo a autossuficiência.

O terceiro projeto classificado foi desenvolvido por estudantes da Universidade Federal do Espírito Santos (Ufes).


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