“Ombudsman” é figura pouco comum na imprensa, mas seu papel é fundamental

Para Lins da Silva, esse profissional se torna ainda mais vital no momento em que o jornalismo está sob ataque

 30/09/2019 - Publicado há 4 anos

Há 30 anos, a Folha de S. Paulo criava o cargo de ombudsman, com o objetivo de mediar as relações do jornal com os leitores. Na coluna desta semana, o jornalista e professor Carlos Eduardo Lins da Silva – que ocupou a posição entre 2008 e 2010 – comenta a importância deste profissional, em especial em um momento em que a imprensa como um todo está sob ataque.

“O ombudsman nunca foi muito popular em nenhum lugar do mundo”, lembra o professor. “Mas é uma posição fundamental para garantir a qualidade e o aprimoramento do jornalismo.” Ele discorda da postura de jornais como o New York Times, que há algum tempo optou por trocar o ombudsman pela relação direta com o público via mídias sociais. “Comparar o trabalho do ombudsman com a gritaria das mídias sociais, na qual não há crítica – há ataques, há desconhecimento, há manipulação –, é descabido. O ombudsman precisa ser um jornalista profissional, que conheça a técnica, os cânones, e seja capaz de fazer uma crítica contundente para melhorar os veículos”, diz o jornalista.

Ouça no link acima a íntegra da coluna Horizontes do Jornalismo.


Horizontes do Jornalismo
A coluna Horizontes do Jornalismo, com o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção  da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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