Novos casos de sarampo em São Paulo preocupam especialistas

Cenário reforça a importância da vacinação contra a doença no município paulistano

 14/06/2019 - Publicado há 5 anos
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No último dia 5 de junho, o Ministério da Saúde confirmou 31 novos casos de sarampo no Brasil em um boletim epidemiológico. No total, o País registrou 123 casos até o momento, sendo que ainda há 348 casos notificados sendo investigados. Especificamente no Estado de São Paulo, foram notificados 418 casos suspeitos desde o início do ano, sendo que, desse total, 12,2% foram confirmados. Para reafirmar a importância da vacinação contra a doença, o Jornal da USP no Ar conversou com a professora Ana Marli Christovam Sartori, do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina (FM) da USP.

O Brasil perdeu o certificado de erradicação do sarampo com o aparecimento de novos infectados desde o ano passado. A região Norte foi a mais afetada no início, mas agora segue controlada. Os estados de São Paulo e Pará possuem hoje o maior número de casos. Ana conta que, para que o país recupere esse selo,  “é necessário controlar a circulação e transmissão autóctone, ou seja, os casos contraídos em território nacional, e, após um ano, ter um controle total, sem nenhum caso de transmissão”.

SMS abre salas de vacina na campanha nacional de vacinação contra poliomielite e sarampo – Foto: Cristine Rochol / PMPA via Flickr / CC BY-NC-SA 2.0

A campanha de vacinação ocorre até o dia 12 de julho, no município de São Paulo, e o chamado dia “D” será no dia 29 de junho. O objetivo é imunizar pessoas de 15 a 29 anos, pois, de acordo com a especialista, “o maior número de casos está sendo visto nessa faixa etária. Aqui em São Paulo, 41% dos casos foram confirmados em pessoas dessas idades, porque muitos receberam a vacina há muito tempo e apenas uma dose da vacina, já que isso era o recomendado na época em que eles eram crianças”.

Para ser imunizado, é necessário ir a um posto de saúde no período da campanha e levar a carteira de vacinação. Caso a pessoa não tenha certeza se já tomou uma dose da vacina anteriormente, é obrigatório tomá-la como garantia. A vacina é segura e as únicas contraindicações são feitas àqueles que têm baixa imunidade ou usam medicamentos imunossupressores. Além disso, mulheres grávidas também não podem receber a dose.

Com a campanha, espera-se que a meta de cobertura vacinal – estipulada em 95% da população – seja atingida. A maior preocupação é a de que o sarampo é uma doença altamente contagiosa e pode levar à morte em alguns casos. Conversamos também com a doutora Helena Sato, que deu mais detalhes sobre a imunização nesta entrevista.


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