USP e Universidade do Minho querem fortalecer parceria para pesquisa

Instituições estudam a criação de um grupo voltado para os estudos na área de bioengenharia e medicina regenerativa

 08/05/2019 - Publicado há 5 anos
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A delegação da Universidade do Minho foi recebida, no prédio da Reitoria, pelos dirigentes da USP – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens

A USP e a Universidade do Minho (UMinho) estudam a criação de um grupo de pesquisa voltado para os estudos na área de bioengenharia e medicina regenerativa. Entre os dias 6 e 8 de maio, uma delegação da universidade portuguesa esteve na USP para participar de uma série de encontros com dirigentes e pesquisadores da Faculdade de Medicina (FM) e da Escola Politécnica (Poli) para discutir a proposta.

No dia 7, a comitiva – da qual faziam parte o reitor Rui Vieira de Castro, a presidente do Instituto de Investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos (I3Bs), Manuela E. Gomes, e o pesquisador do Instituto, Vitor Correlo, – esteve no prédio da Reitoria para uma reunião com o reitor Vahan Agopyan e os quatro pró-reitores da Universidade – Graduação (Edmund Chada Baracat), Pesquisa (Sylvio Roberto Accioly Canuto), Cultura e Extensão Universitária (Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado) e Pós-Graduação (Carlos Gilberto Carlotti Junior).

Também estavam presentes o presidente da Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani), Raul Machado Neto; o diretor da FM, Tarcísio Eloy Pessoa de Barros Filho; a diretora da Poli, Liedi Legi Bariani Bernucci; o superintendente de Relações Institucionais, Ignácio Maria Poveda Velasco; e o chefe de Gabinete do Reitor, Gerson Yukio Tomanari.

Entusiasmo

O presidente da Aucani, Raul Machado Neto, explicou que a iniciativa para a criação do novo grupo surgiu após a assinatura de um protocolo de cooperação entre as duas Instituições, em dezembro do ano passado.

Na ocasião, Machado teve a oportunidade de visitar o I3Bs e trouxe para o Brasil a proposta de agregar pesquisadores da USP e da UMinho para fomentar as pesquisas relacionadas à bioengenharia e medicina regenerativa. O Instituto congrega uma equipe multidisciplinar de pesquisadores que atua na interface da biotecnologia, biologia, engenharia biomédica e ciência dos materiais  e tem como principais áreas de pesquisa a engenharia de tecidos, nanomedicina e isolamento e diferenciação de células-tronco.

A Agência USP de Cooperação Acadêmica Nacional e Internacional (Aucani) promoveu cinco reuniões com os diretores e pesquisadores da Faculdade de Medicina e da Escola Politécnica – Foto: Divulgação / Aucani

O passo seguinte, segundo ele, foi se reunir com os diretores da FM e da Poli, que, “com grande entusiasmo, abraçaram essa ideia”. Assim, durante dois meses, a Aucani promoveu cinco encontros preparatórios com os diretores e professores das duas Unidades para fazer o levantamento dos projetos que já são desenvolvidos na USP e que poderiam integrar a parceria.

Além da assinatura do protocolo, em fevereiro deste ano, foi lançado um edital bilateral para o financiamento de projetos conjuntos de pesquisa, que recebeu 39 inscrições.

Qualidade

“Temos 416 professores e alunos da USP publicando artigos com 290 professores e alunos da Universidade do Minho. Com esse grupo de pesquisa que está se formando, tenho certeza que esse número irá duplicar nos próximos cinco anos. Defendo arduamente que as relações internacionais não representam apenas a internacionalização da pesquisa, mas principalmente termos pesquisas com mais qualidade”, afirmou Agopyan.

O reitor da UMinho, Rui Vieira Castro, destacou a “solidez da parceria com a USP”. “Queremos aprofundar esse relacionamento. Nossa expectativa é que, sobre esta base, possa se construir algo mais sólido, promovendo a interface nas áreas de engenharia e medicina, nas quais nossa Universidade possui muita expertise”, disse.

Segundo o diretor da FM, Tarcísio Eloy Pessoa de Barros Filho, o incremento das pesquisas é um dos principais benefícios da criação do grupo. “Temos várias iniciativas isoladas sendo desenvolvidas na Medicina e na Poli. Esse modelo institucional impulsionará uma produção científica de maior impacto ao promover as interfaces da engenharia médica reconstrutiva. O avanço da ciência está nessa área de interação”, destacou.

Para a diretora da Poli, Liedi Legi Bariani Bernucci, “esta é uma grande oportunidade de a Faculdade de Medicina e a Escola Politécnica estarem unidas, com a parceria do UMinho, que tem um grupo internacionalmente reconhecido”.

A formalização da parceria deverá ser feita com a assinatura de um acordo entre a USP e a UMinho.

A professora de Bioengenharia do Departamento de Cardiopneumologia da Faculdade de Medicina, Idágene Cestari (à direita), recebeu o reitor e os pesquisadores da UMinho em seu laboratório- Foto: Sylvia Miguel – Assessoria de Comunicação da FMUSP

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