Na coluna Ciência e Esporte desta semana, o professor Paulo Roberto Santiago se baseia em artigo publicado na Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, no ano de 2017, que fala sobre como o comportamento de risco para transtornos alimentares pode prejudicar a agilidade e a impulsão de atletas de esporte de combate.
Santiago fala que poucos treinadores sabem que a restrição alimentar, ou a rápida perda de peso, pode estar relacionada a disfunções cardiovasculares, desequilíbrio hormonal, aumento do risco de lesões, além da diminuição do conteúdo mineral ósseo e outros transtornos relacionados ao psicológico.
Segundo o professor, é normal observar que algumas federações de combate contribuem para o aumento da frequência da estratégia de redução do peso corporal. E, no artigo, os autores observaram que os atletas que apresentaram maior risco de transtorno alimentar tiveram o desempenho no teste de impulsão vertical, ou seja, teste de potência, significativamente inferior aos que não possuem transtorno.
“É importante que treinadores e pessoas que trabalham com esporte tenham consciência se a redução de peso corporal feita de forma drástica para atingir metas de pesagem seria interessante ou não e se colocam em risco o desempenho do atleta. Esse estudo mostra que houve uma redução de desempenho para impulsão vertical”, conclui.
Ouça acima na íntegra a coluna Ciência e Esporte.