Câncer colorretal pode estar relacionado à síndrome de Lynch

Professor da Faculdade de Medicina da USP explica doença hereditária que afeta todas as células do organismo

 08/03/2018 - Publicado há 6 anos

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A síndrome de Lynch é decorrente de uma alteração genética que aumenta o risco de desenvolvimento de tumores. Quem possui a síndrome têm todas as células do organismo afetadas, mas a maior incidência de câncer são os colorretais. O doutor Ulisses Ribeiro Júnior, professor de Cirurgia do Aparelho Digestivo do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina (FM) da USP e coordenador da Clínica Cirúrgica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), explicou como a síndrome afeta os pacientes.

As mutações ocorrem em quatro genes principais e elevam o risco de câncer para quem carrega essa mutação. O médico explica que a alteração não leva só a tumores no intestino, mas também no endométrio, bexiga, estômago e outras regiões. Geralmente, a síndrome só é detectada quando mais de um indivíduo da mesma família desenvolve o câncer ainda jovem.

Os pacientes que possuem a síndrome de Lynch devem fazer exames como a colonoscopia, mais cedo e com maior frequência do que a população geral. O doutor Ulisses afirma que geralmente os pacientes respondem bem ao tratamento, muitas vezes sendo necessária só a ressecção (retirada do cólon). Apesar do fator hereditário como causa de tumores, ele ressalta que os hábitos de vida saudáveis devem ser adotados por todas as pessoas. Alimentação balanceada, prática de exercícios e evitar o consumo de cigarro e álcool ajudam a prevenir esses tipos de câncer.

Jornal da USP, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.

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