A Aids tem assustado a população mundial há décadas. De forma geral, essa síndrome é transmitida pelo vírus HIV, que causa graves problemas no sistema imunológico do indivíduo afetado. A doença surgiu nos anos 1980, matando muita gente de lá para cá, em todo o mundo.
As taxas relacionadas a essa enfermidade, segundo relatório da Unaids (programa das Nações Unidas, criado em 1996, cujo objetivo é criar soluções e ajudar nações no combate à moléstia ) revelam que não atingiremos a meta de acabar com a epidemia até 2030. No nosso país, estudos apontam índices muito altos de Aids em homossexuais (18%), travestis e mulheres trans (32%) e profissionais do sexo (5%).
Para entender melhor os progressos e retrocessos em relação a essa doença, o programa Diálogos na USP conversou com o médico infectologista Ricardo Vasconcelos e com o pesquisador científico e professor Alexandre Grangeiro, ambos da Faculdade de Medicina da USP.
Dos últimos 35 anos para cá, podem ser observadas muitas mudanças em relação ao combate à Aids. “O que mudou bastante foi o que a gente tem disponível no nosso arsenal médico e terapêutico para conseguir fazer com que uma pessoa que vive com o HIV não desenvolva a doença, não morra, não transmita sua doença para outra pessoa. Tratar uma pessoa que vive com HIV é algo que a gente já sabe fazer”, comentou o doutor Vasconcelos.
A importância da prevenção contra a Aids é enorme. No entanto, caso uma tentativa de prevenção fracasse, ainda há boas formas de proteção contra a doença. “Aquele que escolheu o uso do preservativo, mas falhou em algum momento, pode utilizar os remédios retrovirais por um mês para evitar a infecção”, disse o professor Grangeiro.
Ouça, na íntegra, a conversa sobre a prevenção e os cuidados com a Aids no Diálogos na USP desta semana.