Parceria entre Poli e Opas prevê desenvolvimento tecnológico da saúde na América Latina

Eduardo Mario Dias comenta que a aplicação tecnológica envolvendo a Escola Politécnica e a Organização Pan-Americana da Saúde deve ser utilizada como forma de otimização do trabalho humano em diferentes áreas da inovação

 20/07/2023 - Publicado há 10 meses

Texto: Redação

Arte: Gabriela Varão (estagiária)**

A parceria prevê o desenvolvimento de cursos sobre tecnologias 4.0 para atender necessidades específicas do Brasil e de outros países da América Latina - Foto: Freepik

Recentemente, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) realizou um acordo com o Grupo de Automação Elétrica e Sistemas Industriais da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo. A parceria estabelece o desenvolvimento de projetos de pesquisa na área de inovação para apoiar programas de implementação de tecnologias de comunicação e informação nos sistemas de saúde dos países das Américas. Além disso, a união também tem como objetivo promover a alfabetização digital dos profissionais da área. 

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Eduardo Mario Dias, professor do Grupo de Automação Elétrica e Sistemas Industriais (Gaesi) da Escola Politécnica da USP e coordenador do acordo, explica que a tecnologia deve ser aliada do trabalho humano no desenvolvimento tecnológico. O especialista comenta que o acordo teve início com uma parceria realizada há dez anos com um grupo que dá origem ao Inova HC, Núcleo de Inovação Tecnológicas do Hospital das Clínicas. Nesse período, diferentes tecnologias foram desenvolvidas para a aplicação na área da saúde, como controle de medicamentos, sistemas de localização de covid-19, entre outros.  

Atualmente, o grupo já apresenta algumas frentes de desenvolvimento com a entidade internacional. A primeira é um livro que está terminando de ser escrito sobre tecnologias 4.0 aplicadas na saúde, que contará com uma tradução feita pela Opas para o espanhol e para o inglês; o segundo é o desenvolvimento de cursos sobre tecnologias 4.0 com o objetivo de atender ás necessidades específicas do Brasil e de outros países da América Latina; e por fim, o grupo conta com o desenvolvimento de softwares que podem auxiliar na produção de medicamentos. 

Eduardo Mario Dias, professor do Grupo de Automação Elétrica e Sistemas Industriais (Gaesi) da Escola Politécnica da USP e coordenador do acordo, explica que a tecnologia deve ser aliada do trabalho humano no desenvolvimento tecnológico. O especialista comenta que o acordo teve início com uma parceria realizada há dez anos com um grupo que dá origem ao Inova HC, Núcleo de Inovação Tecnológicas do Hospital das Clínicas. Nesse período, diferentes tecnologias foram desenvolvidas para a aplicação na área da saúde, como controle de medicamentos, sistemas de localização de covid-19, entre outros.  

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Outra área de ação do grupo é a alfabetização tecnológica de profissionais da área, sendo interessante notar que a pandemia impulsionou e incrementou algumas tecnologias da saúde. “Eu acredito que a necessidade faz o homem. Com a pandemia surgiu uma série de necessidades de sistemas novos que estão sendo atendidos dentro dessa cooperação”, explica o professor. 

Os cursos, que deverão ser disponibilizados de forma gratuita, já estão sendo desenvolvidos e, em alguns meses, alguns deles estarão disponíveis para o público. O livro que está sendo finalizado também será fornecido gratuitamente para os interessados na área. “Vai ser uma forma de contribuição da USP para a tecnologia que nós desenvolvemos”, acrescenta o especialista. 

Eduardo Mario Dias - Foto: IEA-USP

Eduardo Mario Dias – Foto: Gaesi-USP

Dificuldades

Entre os diferentes problemas que podem ser observados associados à questão, o especialista destaca que é necessário treinar mais pessoas para atuarem nessa área, que é um campo de integração entre a Escola Politécnica e a Faculdade de Medicina. Assim, recursos que interessem aos dois lados devem ser utilizados nesse campo. 

Em um primeiro momento, a parceira deve focar seus trabalhos no desenvolvimento de um sistema de controle de medicamentos com a logística de entrega de vacinas, já que atualmente alguns sistemas não apresentam controle de temperatura e, com isso, o volume de medicamentos que são desperdiçados é muito grande (com cerca de 20% a 30% das vacinas).

Mario Dias acrescenta que algumas pessoas têm medo de que a aplicação tecnológica possa substituir o trabalho humano, questão que parece ser um problema cultural do País. Assim, é necessário olhar para esses sistemas como forma de suporte e otimização do trabalho humano, já que a tendência é que a sua utilização aumente com o tempo. 

**Sob supervisão de Moisés Dorado


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