A expectativa de que a cidade de São Paulo tivesse uma frota de ônibus livre de combustíveis fósseis em 2018 não vai sair do papel. A intenção é que a meta fique para daqui a 20 anos.
O professor Paulo Saldiva aponta que o adiamento para cumprir a lei, sancionada em 2009, coloca em risco a saúde da população. “Trocamos saúde por dinheiro. Mas a saúde é paga por todos nós, enquanto dinheiro ganham alguns”, diz o colunista.
Se, por um lado, São Paulo é uma das cidades com maior número de ônibus no mundo, uma vantagem para quem precisa se locomover, por outro lado, os veículos representam uma fonte considerável de emissão de gases do efeito estufa e de partículas tóxicas para o ser humano. Saldiva lembra que os transportes atuais, movidos a diesel, poderiam ser substituídos por ônibus elétricos, híbridos ou movidos a biocombustível.