Segundo dados divulgados pela Pesquisa Nacional de Saúde, do IBGE, no ano de 2015, no Brasil, mais de 200 mil pessoas utilizaram o narguilé, principalmente os jovens.
De origem oriental, o narguilé, uma espécie de cachimbo, funciona a partir do aquecimento do ar pelo carvão, passando pelo fumo e sendo resfriado no líquido presente no fundo, antes de ser aspirado. O fumo ou o tabaco, como também é conhecido, é usado com sabor ou aromatizado.
Além do uso do narguilé, a aderência aos cigarros eletrônicos também aumentou. O dispositivo eletrônico, que surgiu com o intuito de ajudar aqueles que têm um forte vício pelo cigarro, também está sendo utilizado por jovens.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte que essa nova moda, de narguilé e cigarro eletrônico, pode ser mais atrativa, especialmente para os adolescentes e não-fumantes. Mesmo parecendo ser menos prejudicial do que os cigarros tradicionais, e ainda que trazendo sabores doces, de frutas ou bebidas alcoólicas, tanto um quanto outro representam uma ameaça para esses jovens e para os fetos de mulheres grávidas.
O médico pneumologista José Baddini Martinez, da Faculdade de de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, alertou sobre o fato de o indivíduo compartilhar uma única ponteira, tanto no cigarro eletrônico como no narguilé, desenvolvendo o risco de transmissão de infecções. Além disso, a inalação da queima do tabaco faz com que o indivíduo aumente o risco para doenças pulmonares, como bronquite crônica, por exemplo. Já foram detectados diversos riscos, diz o professor, principalmente de desenvolver os cânceres de pulmão, boca, esôfago e até de bexiga.
Por: Thainan Honorato