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O Saúde sem Complicações desta semana entrevista o professor Miguel Ângelo Hyppolito, do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.
O professor integra a equipe que realizou a implantação de prótese auditiva ancorada em osso minimamente invasiva. Essa cirurgia é inédita no Brasil e foi realizada no Hospital das Clínicas da FMRP (HCFMRP). “A novidade é a técnica cirúrgica através do desenvolvimento de instrumentais muito específicos”, explica.
Entre as vantagens desta cirurgia ambulatorial, desenvolvida na Dinamarca, está a redução do tempo de procedimento para até menos de 15 minutos e com anestesia local ou sedação anestésica; antes era necessário anestesia geral.
Além disso, não é mais preciso sutura, porque o pino de titânio, suporte para o aparelho, é colocado com pequena incisão de meio centímetro e também o paciente fica sem grandes cicatrizes. ”As vantagens diminuem os riscos e até os custos”, conta.
Atualmente, o pino é conectado a um processador de som após duas semanas depois da cirurgia e, antes, o tempo era de três a quatro meses. De acordo com o professor, a integração é mais rápida. O funcionamento do aparelho consiste no envio do som para a orelha interna através da condução óssea.
O procedimento é indicado para pessoas nascidas sem conduto auditivo externo, membrana timpânica e cadeia ossicular; ou que tiveram estreitamento do canal auditivo externo. Apesar disso, há limitações para crianças a partir de 5 anos de idade.
Por: Giovanna Grepi