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Em sua quarta edição, o Inquérito de Saúde da Capital, conhecido como ISA Capital, é uma parceria entre a Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP e a Prefeitura Municipal de São Paulo, e tem como objetivo conhecer o estado de saúde, os hábitos de vida e os usos dos serviços de saúde pela população. No total, 40 entrevistadores, contratados e capacitados pela FSP, vão entrevistar 5 mil moradores de todas as regiões da cidade pelos próximos dez meses.
Neste ano, a Prefeitura de São Paulo investiu R$ 1,7 milhão no projeto. Trata-se de um estudo de corte transversal e a amostra é composta estatisticamente, por meio de sorteio de domicílios em todas as regiões de saúde da cidade. Os dados coletados serão utilizados para o aprimoramento das políticas públicas de saúde na cidade de São Paulo.
A pesquisa já foi realizada nos anos de 2003, 2008 e 2015. “Todas as edições dos inquéritos são uma novidade, por incorporar questões importantes para a gestão da saúde em determinado momento. Por exemplo, em edições anteriores, incorporamos questões relativas à dengue. Nesta edição, incluímos aspectos relacionados à covid-19 e à segurança alimentar, além da questão do uso de medicamentos”, afirma o professor da FSP Chester Galvão, um dos idealizadores e responsáveis pelo projeto.
Os entrevistadores podem ser identificados a partir do colete verde que traz os logotipos das instituições envolvidas, e um crachá de identificação com nome e foto. É possível conferir a identidade dos entrevistadores por meio de um QRcode que remete ao site do projeto com informações completas sobre a pesquisa e seus idealizadores e participantes.
O programa
O estudo é tema do episódio 51 do Saúde é Pública, um podcast produzido pela FSP, que traz entrevistas com os professores da USP e coordenadores do projeto Chester Luiz Galvão, Marília Louvison e Zilda Pereira da Silva, além de Iracema Castro e Mirna Okamura, da Coordenadoria de Epidemiologia e Informação da Secretaria Municipal de Saúde (CEInfo), que também participam da coordenação do trabalho.
No podcast, eles explicam que as entrevistas são realizadas nos domicílios, mas não existe uma escolha de quais são as moradias, e sim um sorteio de setores cobrindo todas as regionais de saúde do município, esclarecendo ainda que a pesquisa é aplicada através de um questionário eletrônico, instalado em um tablet, para pessoas acima de dez anos de idade. Os inquéritos domiciliares, segundo Marília, são importantes para conhecer também aquelas pessoas que têm problemas de saúde mas não procuram pelo serviço de saúde. “Para conhecer esse perfil, é preciso ir aos domicílios levantar essas informações”, reitera.
Para a professora Marília, o ISA Capital é importante para se conhecer como as pessoas estão vivendo, que doenças têm e que necessidades de serviços elas precisam, trazendo um diagnóstico para a construção das políticas públicas. Entre as questões desta edição, estão idade, sexo, doenças nos últimos 15 dias e se precisou usar algum tipo de serviço de saúde e até doenças crônicas. “Temos uma população cada vez mais idosa, e uma população com muitas doenças crônicas que a acompanham ao longo da vida, e é fundamental que o sistema de saúde as conheça. Essa é a informação mais rica, ou seja, das próprias pessoas”, afirma.
Clique no player abaixo para conferir o episódio:
O podcast Saúde é Pública é promovido pela FSP e está disponível em diversas plataformas, incluindo Spotify e Anchor. Os episódios também podem ser conferidos no Canal da FSP no YouTube. Mais informações neste link.
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Texto adaptado do portal da FSP-USP
